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brasilia-antologia-criticaBrasília : antologia crítica

Alberto Xavier e Julo Katinsky (orgs.)

Terceira obra da Trilogia Brasília é lançada em São Paulo no dia 14.12.2012

A editora Cosac Naify anunciou para o próximo dia 14 o esperado lançamento do livro organizado pelos arquitetos Alberto Xavier e Julio Katinsky. A obra apresenta o registro de 67 textos, que datam desde antes da fundação da cidade até análises contemporâneas fazendo um balanço da repercussão do projeto de Brasília em âmbito nacional e internacional.

Escritos por mais de sessenta autores entre, ensaístas, arquitetos, urbanistas, engenheiros, historiadores, sociólogos e políticos, o livro reúne textos de autores como Mário Pedrosa, Joaquim Cardozo, Gilberto Freyre, André Malraux, Sibyl Moholy-Nagy, Françoise Choay, Bruno Zevi,Sigfried Giedion, Alberto Moravia, Max Bense, Reyner Banham, Milton Santos, Lina Bo Bardi, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Clarice Lispector.

A Trilogia Brasília, da editora Cosac Naify, motivada pelo cinquentenário da Capital Federal,  é composta ainda pelos livros: O concurso de Brasília: sete projetos para uma capital (outubro de 2010) e Arquivo Brasília (dezembro de 2010).

Lançamento:
Sexta-feira, 14.12.2012, 19h30
Livraria Cultura do Conjunto Nacional
São Paulo

Com informações da Cosac Naify

Colaboração editorial: Luciana Jobim

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13ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza
29.08.2012 a 25.11.2012

por
Carlos Alberto Maciel

Um dos eventos mais importantes do calendário arquitetônico mundial, a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza acontece de 29 de agosto a 25 de novembro de 2012. Common Ground é o tema proposto pelo diretor deste edição, o arquiteto inglês David Chipperfield.

Da alta cultura às práticas cotidianas

Num campo, e esta é a lei geral dos campos, os detentores da posição dominante, os que têm maior capital específico, se opõem por uma série de meios aos entrantes (emprego de propósito esta metáfora emprestada da economia), recém-chegados, chegados-tarde, arrivistas que chegaram sem possuir muito capital específico. Os antigos possuem estratégias de conservação que têm por objetivo obter lucro do capital progressivamente acumulado. Os recém-chegados possuem estratégias de subversão orientadas para uma acumulação de capital específica que supõe uma inversão mais ou menos radical do quadro de valores, uma redefinição mais ou menos revolucionária dos princípios da produção e da apreciação dos produtos e, ao mesmo tempo, uma desvalorização do capital detido pelos dominantes.

Pierre Bordieu, Alta costura e alta cultura[1]

Common Ground, ou Solo Comum, é o tema da 13a Bienal de Arquitetura de Veneza. É, por um lado, um chamamento para uma discussão sobre o que nos aproxima, e não o que nos separa, segundo seu curador, o arquiteto britânico David Chipperfield. É, também, produto de um profissional cuja principal atuação ocorre no âmbito da “prática da arquitetura? como definiu Paolo Baratta, Presidente da Bienal. Se a Bienal de 2010, dirigida por Kazuo Sejima, apresentava um forte apelo ao público geral, sob o tema “People meet in architecture? a Bienal de Chipperfield propõe uma discussão interna ao campo.

Common Ground foi interpretado das mais variadas maneiras pelos arquitetos que tomaram parte nas diversas exposições, desde a mostra principal, realizada pelo curador, até as representações nacionais. Alguns buscaram nas estruturas ambientais típicas de cada país a representação de uma identidade local que estabelecesse uma experiência comum, compartilhável e fundadora das relações sociais. Esse foi o princípio que orientou a expografia do Chile, com a interpretação da Cancha ?um vazio originalmente destinado aos jogos, que funciona como um espaço aglutinador da vida social ?e do Kwait, cuja representação recria a Diwaniya ?um ambiente construído, aos modos de uma grande sala, que funciona no intervalo entre o espaço público e a casa como lugar de encontro dos homens, onde se discutem as principais questões da vida política e social do país.

Em vários casos, Common Ground foi interpretado como o solo comum, o território e o espaço público da cidade, locus privilegiado da ação dos arquitetos. Outra interpretação recorrente se pauta pela procura de um denominador comum na técnica, no detalhe e na realização material dos edifícios.

Contudo, cada uma dessas interpretações é não mais do que um desvio em relação à ideia central contida nas entrelinhas da proposta curatorial, seguramente à procura de uma demarcação do campo de ação dos arquitetos. É no sentido bourdiano da criação de “estratégias de conservação? especialmente em momentos de crise, que se constrói o argumento central de Chipperfield:

Common Ground nos provoca a admitir as inspirações e influências que eu acredito devem definir nossa profissão. A frase também chama nossa atenção para a cidade, que é nossa área de especialidade e atuação, mas é algo criado em colaboração com cada cidadão, e as várias partes interessadas e participantes do processo da construção. A disciplina da arquitetura envolve preocupações variadas e às vezes contraditórias, mas eu acredito que nós compartilhamos ideias e visões que podem se confirmar através da arquitetura. Common Ground nos convida a encontrar essas ideias compartilhadas a partir de nossas diferentes posições. [2]

A tentativa de demarcação do campo fica mais evidente na participação de Bernard Tschumi, ao diferenciar “arquitetura??feita ou eleita por arquitetos ?da mera construção. É compreensível que esse tipo de diferenciação tenha ocorrido, por exemplo, no contexto da arquitetura moderna brasileira, quando Lucio Costa, nos anos 40, distinguia a arquitetura de mera construção como forma de consolidar o campo profissional da arquitetura num momento ainda incipiente, diferenciando-o da atuação dos engenheiros e dos construtores.[3] No atual contexto diverso e complexo da produção da arquitetura e da discussão sobre as cidades, esse esforço soa um tanto anacrônico, um “lugar comum? (Fig. 1) As oposições apresentadas por Tschumi opõem original à cópia ?a Veneza italiana e a de Las Vegas -, o ordinário ao extraordinário ?o estacionamento helicoidal e o Museu Guggenheim – e elabora jogos de palavras na tentativa de delimitar o que poderia ser chamado de arquitetura.

São, contudo, diversas e qualificadas as abordagens que se contrapõem a esse lugar comum, discutindo questões contemporâneas e apontando caminhos para reinventar de modo mais humano e democrático a prática – ou as práticas – da arquitetura.

A alta cultura da construção (ou “Deus está nos detalhes?

Common Ground aparece ainda como o conhecimento técnico que viabiliza a construção, compartilhado entre os arquitetos. Esse sentido tectônico e material se revela na presença de arquitetos como Kenneth Frampton – que apresenta uma seleção de escritórios norte-americanos dedicados à arte de construir -,Hans Kollhoff ?que traz a discussão sobre o detalhe arquitetônico das wall sections dos edifícios por ele projetados na Alemanha -, Anupama Kondoo – indiana que reconstruiu no interior do Arsenale a Casa Muro ?Wall House -, originalmente construída em 2000 em Auroville, na India -, Paulo Mendes da Rocha (Fig.2) ?dialogando com o escritório irlandês Grafton Architects, premiado com o Leão de Prata.

Até mesmo a iraquiana Zaha Hadid comparece nessa bienal ao lado de um conjunto de obras, estudos e pesquisas sobre a concepção de cascas estruturais, advogando uma possível filiação entre o seu trabalho e o de arquitetos modernos como Eladio Dieste e Eero Saarinen.

É particularmente interessante nesse contexto a mostra de Toshiko Mori, apresentando um conjunto de projetos residenciais realizados por ela que se colocam em diálogo com a obra de grandes mestres como Ludwig Mies van der Rohe, Phillip Johnson, Frank Lloyd Wright e Paul Rudolph. Em alguns dos casos, trata-se de novas construções que se acrescentam a residências originalmente projetadas pelos arquitetos modernos. Em outros casos, trata-se de uma referência formal e construtiva, que reedita os princípios de organização do espaço e da construção, como no caso de Mies. Em todos os casos, as escolhas da arquiteta se fazem a partir do reconhecimento aprofundado da lógica construtiva dos edifícios referenciais, estabelecendo uma relação direta entre a nova construção e as pré-existentes até o nível do detalhe. Detalhes que são apresentados em maquetes na escala 1:2. (fig. 2) Trata-se, em última instância, de uma delicada relação que concilia técnica e história, investigando sobre a inserção de novos elementos junto a edifícios históricos. O próprio entendimento da arquitetura moderna como história permite à arquiteta um reposicionamento frente às questões contemporâneas e seu confronto com o passado, evitando o risco do pastiche. Não é coincidência que, em um debate denominado ?em>Dialogue on Details?– ou Diálogo sobre detalhes -, organizado pela arquiteta, ela tenha afirmado que nós, arquitetos, vivemos sob um duplo destino: a história e a gravidade. Talvez fosse possível acrescentar um terceiro e igualmente importante fato que condicionaria o fazer do arquiteto: o clima.

É contudo a presença de três grandes mestres daquilo que Frampton definira como “cultura construtiva?que finaliza, em grande estilo, esse elogio à alta cultura arquitetônica. Propositalmente apresentados no pequeno jardim existente ao final do percurso expositivo do Arsenale, três peças fundamentais exploram diferentes percepções do lugar. Dentro da torre escura que finaliza o percurso, um filme de Win Wenders sobre o arquiteto suiço Peter Zumthor revela um pouco do cotidiano do arquiteto em meio à produção de dois projetos recentes. No filme, Win Wenders conclui que a condição de trabalho e vida de Zumthor ?que escolhe fazer poucos projetos, aprofundando suas soluções sempre com o objetivo de criar espaços qualificados de forte expressão material que repercutam positivamente na vida de seus habitantes ?é um privilégio desejado por qualquer profissional, arquiteto ou não.

Do lado de fora, duas instalações projetadas pelos arquitetos portugueses Eduardo Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira dialogam com diferentes paisagens. Souto de Moura conforma uma passagem para o jardim que mira o canal e ressalta a presença de alguns elementos do entorno (Fig. 3); Siza redesenha o jardim, outrora aberto, através de muros que recriam uma intimidade no espaço interiorizado, a lembrar Barragán. Ao introduzir um novo elemento no jardim, tensionado pela presença de três árvores que geram fendas e permitem entrever o lado de fora, mas também geram sombra, Siza faz arquitetura, mais do que uma simples intervenção artística: cria recintos, orienta percursos, redesenha a paisagem, recria o lugar (Fig.4) . A maestria tectônica é glorificada, nessa bienal, com a presença física da dupla portuguesa e com a transcendência de Zumthor, em que a matéria é apenas um meio para criar suportes memoráveis para a experiência cotidiana.

Riposatevi e Peep: a participação brasileira

Com curadoria de Lauro Cavalcanti, a participação brasileira na 13a Bienal de Arquitetura de Veneza traz uma cuidadosa mostra estruturada em dois polos: de um lado, a remontagem da instalação Riposatevi, de Lucio Costa, originalmente apresentada na 3a Trienal de Milão, em 1964; de outro lado, Peep, instalação de Márcio Kogan e Estudio MK27.

Se por um lado a apresentação da mostra busca pontos de contato entre as obras dos arquitetos através da conciliação entre uma linguagem moderna com técnicas e materiais interpretados de contextos tradicionais, por outro talvez o que sustenta a exposição é justamente o reconhecimento de suas diferenças: entre a obra pública de Lucio Costa e a produção do espaço doméstico de Kogan; entre o olhar para o futuro do Doutor Lucio, e a busca de referências na história ?no nosso caso, moderna ?do Estudio MK27; entre a tecnologia dos vídeos de Peep e a simplicidade das redes e violões de Riposatevi; entre a força crítica e intelectual do mestre e a capacidade expressiva do cineasta.

O arquiteto e a cidade: solo comum da vida social

Arquitetos não são importantes. Seu trabalho não é importante. Importantes são as consequências de suas ações.

Vogadors Architectural Rowers.
 [Vídeo apresentado na representação da Catalunha e Ilhas Baleares]

Common Ground é, em diversos casos, tomado literalmente, como solo, terreno, território em que a vida ocorre. É nesse sentido que a Dinamarca defende o território da Groenlândia contra os ataques do capital internacional, discutindo alternativas sustentáveis que assegurem o usufruto de suas riqueza naturais a seus cidadãos, dentre as quais um aeroporto que é também porto, articulando em um nó intermodal seus dois principais meios de transporte (Fig.5). É também nesse sentido que aparece a preocupação com a cidade, sua forma e suas articulações como fato que orienta as decisões do arquiteto ao projetar um edifício. Essa importância do reconhecimento do fato urbano como pré-requisito para a prática da arquitetura é o pano de fundo da representação oficial da Suiça, e é um princípio que orienta a prática de arquitetos como o alemão Hans Kollhoff, Vittorio Magnago Lampugnani, autor do plano diretor da Novartis, na Suiça, e especialmente do premiado com o Leão de Ouro pelo conjunto da obra, o português Alvaro Siza Vieira. É um fundamento central da obra do espanhol Rafael Moneo, que apresenta um conjunto de desenhos originais de seus projetos, realizados em Madrid. Moneo argumenta que ?? nada é mais favorável e desejável que a prática da arquitetura em sua própria cidade, onde o ‘solo comum’ é nada além do conhecido quadro de nossas vidas cotidianas.?/p>

A ideia da constituição de uma base comum, relativamente anônima e compartilhada pelos cidadãos, decorrente da prática de arquitetos também anônimos ?pelo menos para o métier ?é a base da exposição apresentada por OMA- Office for Metropolitan Architecture. Denominada ?em>Public Works. Architecture by Civil Servants?– Obras Públicas. Arquitetura por servidores públicos -, apresenta um conjunto de obras públicas realizadas em diversas cidades europeias por arquitetos que serviam aos quadros públicos dos setores de planejamento físico de suas cidades. Um dos aspectos interessantes da exposição, que se opõe à lógica do star system e dialoga com o argumento de Moneo, é o fato de que essas obras se tornaram referência para seus cidadãos, em parte por terem sido produzidas por profissionais que conheciam profundamente as especificidades de cada lugar.

No contexto da discussão da importância da ação e da presença do arquiteto na cidade, destaca-se a apresentação da obra de Luigi Snozzi, no Arsenale (Fig. 6). A obra de Snozzi é um capítulo à parte na arquitetura contemporânea, dada a singularidade da longa presença de um arquiteto com a sua sensibilidade em uma cidade de menos de 1.000 habitantes. O vídeo de Alberto Momo aponta, através de depoimentos de moradores de Monte Carasso e de arquitetos como Vittorio Gregotti, a importância do trabalho de Snozzi para a criação de espaços e equipamentos públicos que impedissem uma possível periferização do local e que recuperasse seu patrimônio, convertendo o velho convento, então um cortiço, em local privilegiado para a vida social. Gregotti associa a atuação de Snozzi à de um médico da família, que está sempre próximo e a quem todos recorrem. Essa proximidade transparece no tocante depoimento de uma criança, narrando a visita do arquiteto à escola, para explicar aos estudantes a importância da arquitetura como transformação da natureza para que a vida humana tenha lugar. O depoimento do arquiteto enfatiza a importância da relação entre o arquiteto e o prefeito da cidade, rara conjugação entre arquitetura e política, neste caso a favor daquela pequena comunidade.

Práticas informais e cotidianas: da subversão à norma

Táticas urbanas, autogestão, agentes, agitadores, ativadores, valorização do comum, subjetivação coletiva, projeto colaborativo, culturas do compartilhamento, co-produção da sociabilidade, ações locais e trans-locais, participação real, economias diversas, mobilidade e multiplicidade, micro-políticas, remontagem e desmontagem, resiliência rururbana, transmissão rizomática, ocupação temporária e reversível, interstícios urbanos, foco no usuário. Cada um desses temas é tratado na participação do Atelier D’Architecture Autogérée através de pequenos panfletos, aos modos de manifesto, e também em exemplos concretos de intervenção urbana e articulação social.

Curiosamente, Estados Unidos e Inglaterra, dois países dominantes e usualmente conservadores em relação às práticas arquitetônicas, são justamente os primeiros a institucionalizar as práticas cotidianas como valor dominante, o que permite especular sobre o potencial dessas práticas – outrora à margem – em sistemas e contextos altamente regulamentados.

Intitulada ‘Spontaneous Interventions: design actions for the common good‘ ?Intervenções Espontâneas: ações de projeto pelo bem comum -, a mostra oficial norte-americana apresenta 124 ações, em geral propostas de modo autônomo pelos próprios arquitetos, designers e artistas, que abordam situações urbanas, arquitetônicas, de infraestrutura e de comunicação. “Provisório, improvisado, guerrilha, não solicitado, tático, temporário, informal, não planejado, participativo, de código aberto?são termos recorrentes nos discursos e na prática dos diversos profissionais apresentados. Destaca-se o fato de que a seleção da exposição oficial se fez através de um concurso público, o que estimula a discussão e a reflexão sobre a questão da arquitetura e da cidade muito antes do próprio evento, e abre espaço para novas proposições curatoriais. O que é, também, o caso da representação oficial da Inglaterra, que escolheu por concurso público dez equipes de arquitetos, comissionando a cada um deles uma viagem a um país diferente. Como nos velhos tempos das navegações, tratava-se de buscar alhures práticas alternativas que permitam redefinir as possibilidades de atuação dos arquitetos. Brasil, Rússia, China, Holanda, Alemanha, Tailândia, Argentina, Nigéria, Estados Unidos e Japão foram destinos eleitos para colocar em perspectiva novas práticas, a partir da visão de dez “exploradores? como definiram os curadores da mostra, Vanessa Norwood e Vicky Richardson. No Brasil, a dupla Aberrant Architecture visitou os CIEP’s ?Centros Integrados de Educação Pública ?concebidos por Darcy Ribeiro e projetados por Oscar Niemeyer, apresentando-os como um exemplo possível da promoção da educação em larga escala. Na Argentina, Elias Redstone desvendou os meandros do ?em>Fideicomiso?Fig. 7), um dispositivo legal que favorece a participação de arquitetos no mercado da construção civil atuando como pequenos incorporadores, o que historicamente vem ampliando a qualidade da produção imobiliária média no país. Pesquisou o modus operandi dos arquitetos que empreendem pequenos edifícios através formação de grupos de investidores que geralmente são futuros moradores. Nesse contexto, o arquiteto assume uma posição privilegiada que lhe permite tomar decisões desde a escolha do terreno até a definição da tipologia das unidades residenciais, superando a barreira imposta pelos grandes incorporadores.

Contra a obsolescência: crise, catástrofe e esperança

A crise econômica mundial é, sem dúvida, uma motivação para grande parte das discussões que tratam da obsolescência e da reutilização de edifícios. Na representação oficial da Grécia, um bem montado pavilhão dá conta de, mesmo em tempos de crise, colocar em discussão dignamente a questão. A Espanha, presente em diversas situações, optou, na sua representação oficial, por mostrar alguns escritórios e ressaltar a experiência acumulada de seus arquitetos. No Arsenale, contudo, Luis Fernando Galeano abre espaço para a discussão sobre a crise no país, denunciando que mais da metade dos escritórios de arquitetura espanhóis fechou as portas no último ano, e trazendo jovens arquitetos para discutir pessoalmente a questão com os visitantes.

O Japão apresentou em seu pavilhão a proposta do arquiteto Toyo Ito (Fig. 8), desenvolvida imediatamente após o tsunami que devastou parte do país, para um sistema de construção simples que permitisse a implantação rápida e descomplicada de moradias para os desabrigados. As inúmeras maquetes da casa de troncos de madeira roliça contra as paisagens devastadas pelo Tsunami revelam um dos mais fortes conteúdos humanos da Bienal, não coincidentemente premiado como o melhor pavilhão.

Discutir a obsolescência das infraestruturas, seu custo de manutenção e seu potencial de apropriação é o que faz a Letônia, em um sensível registro da quase ruína do Linnahall, um gigantesco centro de esportes e arte construído para receber atividades esportivas dos Jogos Olímpicos de 1980 da então URSS. Imagens do edifício concorrem com um conjunto de depoimentos, em que participam desde autoridades a uma adolescente que viu ali o show mais aguardado de seus ídolos. Menos de 30 anos após a sua construção, o Linnahall, então premiado como obra relevante de arquitetura, denuncia a ineficiência do estado e cobra uma ação que lhe recrie a utilidade como uma potente plataforma para a vida contemporânea na Letônia.

Entre todas as discussões sobre o aproveitamento de estruturas ociosas, destaca-se o registro da ocupação da Torre David, na Venezuela, cuja instalação – Torre David – Gran Horizonte – foi premiada com o Leão de Ouro do juri da exposição. Enquanto o Pavilhão Venezuelano ?projetado por Carlo Scarpa e felizmente reaberto nesta edição ?apresenta uma exposição de caráter quase publicitário sobre a construção habitacional oficial, com pouquíssima qualidade de arquitetura e forte apelo ideológico, a participação do grupo integrado por Urban-Think Tank, o curador e escritor britânico Justin McGuirk e o fotógrafo Iwan Baan no Arsenale aponta para uma saída muito mais potente para a questão da habitação. A ocupação da Torre David ?uma estrutura abandonada de um edifício corporativo em Caracas ?reacende a questão do direito à cidade, mais do que do direito à moradia, e revela a importância da relação com o espaço urbano, que se constrói em uma via de mão dupla: os habitantes estão na cidade, usufruindo de suas infraestruturas; e a cidade ?e sua lógica de indeterminação e sobreposição de usos, que gera vitalidade ?transparece na diversidade da sua ocupação não planejada, em que a estrutura inacabada se apresenta como uma potente plataforma aberta.

Nesse mesmo sentido, “Reduzir, Reusar, Reciclar. Arquitetura como Recurso?faz da participação alemã nesta bienal um ponto alto, devido à sua sensibilidade e consistência. É interessante observar que o mais rico dos países europeus ?e até o momento o menos afetado pela crise econômica ?seja o primeiro a colocar a questão da reinvenção criativa e sustentável das suas infraestruturas e de seu tecido urbano. Trata-se de um consistente ?e historicamente construído – reconhecimento da relevância das suas estruturas e de suas condições demográficas, em que o crescimento não é mais o que orienta as decisões políticas. A partir da constatação de que 80% dos orçamento destinado à construção habitacional na Alemanha vem sendo usado na reciclagem do estoque imobiliário existente, a proposta curatorial toma emprestada a tríade dos movimentos ambientalistas para propor possíveis estratégias para abordar a arquitetura existente e, por consequência, o tecido urbano por ela definido. A consistência da mostra se verifica nas palavras de seu curador:

Se nós realmente desejamos abordar a questão das emissões de carbono, entretanto, temos de considerar todo o ciclo de vida dos edifícios. Isso significa, quando comparada a eficiência energética de edifícios existentes à de novas construções que os substituam, a energia da construção original deve ser também levada em conta, assim como a energia envolvida na demolição e remoção, na produção e construção do novo edifício, e na operação do edifício (aquecimento, refrigeração, iluminação), bem como a mobilidade gerada por ele.
Quando todos esses fatores são levados em consideração, é evidente que a abordagem mais sensível é estender a vida útil dos edifícios existentes através de mínimas intervenções.
(?
Entretanto, o consumo de energia é apenas um dos aspectos que devem ser considerados. Porque edifícios e infraestruturas existentes devem ser vistos como um importante recurso cultural, social e arquitetônico para dar forma ao nosso futuro, uma atitude fundamentalmente positiva deve ser adotada frente ao estoque de edificações existente.[4]

Em outro momento, o curador argumenta que a lógica do sistema 3R implicaria em inverter a própria lógica da arquitetura: ?em>A menor intervenção de repente passaria a ser a melhor ?e nenhuma mudança seria ainda melhor?

Em uma bem montada exposição independente, Catalunha e Ilhas Baleares trazem a melhor contribuição para a discussão do tema, que parte da apresentação, através de mais de 100 obras, do resultado positivo do boom da construção que permitiu a uma geração de arquitetos espanhóis realizar uma produção de qualidade; reconhece a crise e seus efeitos; elege nove obras de escritórios e arquitetos cujos procedimentos partem das adversidades para orientar suas escolhas de projeto, com resultados esteticamente potentes e austeros; e termina apresentando um conjunto de obras históricas de grandes arquitetos espanhóis que, de algum modo, constituem exemplos dessa estética da escassez.

Em meio à mostra, o vídeo Vogadors apresenta nove questões, colocadas pelos arquitetos participantes da mostra. Dentre elas, um argumento notável, capaz de balançar as mais estáveis posições do campo profissional: ?em>Não deveriam os arquitetos ser mais necessários em tempos de necessidade do que de abundância??/p>

Essa questão, que definitivamente aponta novos caminhos, nos induz a uma reflexão a fim de conduzir a prática arquitetônica em um sentido diverso do que historicamente caracterizou a profissão que, segundo Garry Stevens, seria a arte de fazer coisas de bom gosto para pessoas de bom gosto, apenas.

notas

[1]Comunicação feita em Noroit (Arras) em novembro de 1974 e publicada em Noroit, 192, novembro de 1974, dezembro de 1974, janeiro de 1975.

[2]CHIPPERFIELD, David. Biennale Architettura 2012. Common Ground. Venezia: Fondazione La Biennale Venezia, 212, p. 14. [Catálogo].

[3]Cf. DURAND, José Carlos. Le Corbusier no Brasil. Negociação Política e Renovação Arquitetônica. //www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_16/rbcs16_01.htm

[4] If we really want to address the issue of carbon emissions, however, we have to consider the overall lifecycle of buildings. That means, when comparing the energy efficiency of existing buildings as opposed to replacements, the original construction energy should also be taken into account, as should the energy involved in demolition and disposal, in the production and construction of the new building, and in the operation of the building (heating, cooling, lighting) as well as the mobility generated by it.
When all these factors are taken in consideration, it is clear that the most sensible approach is to extend the lifespan of existing buildings by way of minimum intervention.
(?
However, energy consumption is only one aspect that has to be taken into consideration. Because existing buildings and infrastructure should be seen as an important cultural, social, and architectural resource for shaping our future, a fundamentally positive attitude has to be adopted toward the existing stock.
PETZET, Muck. Reduce/Reuse/Recicle. Architecture as Resource. Curatorial statement. 13th International Architecture Exhibition La Biennale di Venezia, 2012.

Carlos Alberto Maciel
Arquiteto e Urbanista (1997), Mestre (2000) e Doutorando (2011-) pela Escola de Arquitetura da UFMG, onde é professor de projeto. É coordenador geral de projetos no Departamento de Planejamento Físico e Projetos da UFMG, sócio do escritório Arquitetos Associados, fundador e editor de MDC. carlosalberto@arquitetosassociados.arq.br


Colaboração editorial: Danilo Matoso

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Debate e votação ocorreram em evento popular

Neste último sábado, dia 27/08, foi escolhido por júri popular o novo projeto de revitalização do Mercado Distrital do Cruzeiro, em Belo Horizonte, MG. A etapa final da premiação de Arquitetura Viva o mercado! foi realizada no próprio local e contou com a presença de 482 pessoas, dentre moradores, trabalhadores, professores e arquitetos, que votaram e discutiram os três projetos finalistas em um clima de festa e confraternização.

Os três finalistas expuseram e debateram suas idéias e seus projetos foram apreciados pelos moradores do bairro Cruzeiro e entorno, a ACOMEC ?Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro e a AMOREIRO ?Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro. Ao final foi escolhido o projeto n° 06, dos arquitetos Francisco Albano Andrade e equipe: Gian Paolo Lorenzetti e Rodrigo Ferreira Andrade, que contou com um total de 203 votos.

Mantendo a estrutura original do prédio, a proposta escolhida cria uma praça em frente ao prédio da qual parte uma rampa, integrada à estrutura do mercado e que a separa em dois níveis, sendo que o nível superior é destinado para espaço gourmet e bares. O projeto prevê mais 60 lojas no centro de compras e um estacionamento subsolo com 770 vagas, contando, além disso com quadras poliesportivas e uma torre panorâmica como ligação entre o Parque Amilcar Vianna Martins e o Mercado.

O projeto n° 03 de João Diniz, José Luiz Baccarini Neto, Pedro de Carvalho Guadalupe e Marcílio Gazzinelli (fotógrafo), ficou em segundo lugar com 179 votos e o terceiro lugar ficou para o projeto n° 01 de André Luiz Prado, Alexandre Brasil, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff, Pedro Lodi e Rafael Gil Santos, com 97 votos.

O próximo passo será a apresentação do resultado do concurso ao Prefeito Márcio Lacerda que o Vereador Adriano Ventura se ofereceu para intermediar. Com o aval do poder público será possível dar continuidade ao projeto.

Mais sobre a discussão ver: Contra a Demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro e sobre os três projetos finalistas: IAB-MG apresenta os finalistas da premiação Viva o Mercado!


Com informações do Estado de Minas e do IAB-MG
Colaboração editorial: Danilo Matoso

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Apreciação dos projetos selecionados por júri popular será realizada dia 27 de agosto

O IAB-MG apresenta dia 27/08, sábado, os projetos finalistas da premiação de Arquitetura VIVA O MERCADO!. Os 03(três) projetos escolhidos serão analisados por júri popular de acordo com o edital da premiação, o evento ocorrerá no Mercado Distrital do Cruzeiro a partir das 8h30min com encerramento previsto para as 17h. Atividades culturais terão parte no evento durante todo o dia.

Perante ao impasse gerado entre comunidade e prefeitura por conta da reação negativa por parte da sociedade civil ao projeto de revitalização proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Departamento de Minas Gerais do Instituto dos Arquitetos do Brasil ?IAB MG abriu a Premiação de Arquitetura VIVA O MERCADO!. Ver: Contra a Demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro

As inscrições para a premiação foram abertas no dia 06/06 e contou com 07(sete) projetos inscritos dos quais apenas os projetos de número 01, 03 e 06, foram selecionados, por, de acordo com a comissão julgadora, mais se aproximaram das diretrizes propostas pelo edital.

Projeto nº 01: João Antônio Valle Diniz e equipe: José Luiz Baccarini Neto, Pedro de Carvalho Guadalupe e Marcílio Gazzinelli (fotógrafo).

A comissão julgadora avaliou que o ponto forte deste projeto consiste na proposição de uma nova edificação longitudinal ao terreno que oferece usos para garantir sua sustentabilidade econômica, e ao mesmo tempo, aproveita o talude que percorre o todo o terreno do Mercado do Cruzeiro lindeiro à Universidade FUMEC e ao Parque Amilcar Vianna Martins. A volumetria deste novo prédio se harmoniza à paisagem local e preserva satisfatoriamente os grandes vazios urbanos existentes ao redor do Mercado. As intervenções resolvem o programa de necessidades respeitando as principais visadas e se adéquam à escala do entorno e à paisagem urbana.

O projeto oferece alternativas de exploração econômica para o Mercado, cria um oásis verde com a proposição de uma praça pública no nível do mesmo, propõe a manutenção do prédio, liberando parte da fachada e resgatando a concepção original do mesmo. O projeto é propositivo com relação ao entorno ao apontar a requalificação de alguns espaços da Vila vizinha. Entretanto, a integração do projeto com o parque Amilcar Vianna Martins e o Mercado é parcial, criando uma ruptura na continuidade espacial de suas áreas ao verticalizar parcialmente a edificação proposta no ponto de acesso à Rua Ouro Fino.

A linguagem arquitetônica é ponto marcante no projeto trazendo uma rica movimentação de elementos de circulação vertical e horizontal propiciando uma dinâmica ao conjunto proposto. No quesito estacionamento, item impactante e importante de ser solucionado nas proposições, o projeto atende ao estabelecido no edital e resolve a contento.

Projeto nº 03: André Luiz Prado e equipe: Alexandre Brasil, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff,  Pedro Lodi e Rafael Gil Santos.

A comissão julgadora considerou que a organização espacial das intervenções são positivamente racionais, ou seja, oferecem clareza de leitura e funcionalidade aos seus usos. Por outro lado, os membros da comissão apontaram um excesso na altura do novo edifício em relação ao entorno. Este edifício aproveita o talude lateral existente entre a FUMEC e o Mercado com uma única edificação, liberando a visada do Parque Amilcar Vianna Martins. Quanto ao Mercado, propriamente dito, o projeto preserva a sua configuração original. A proposta não interfere diretamente no parque, resolve bem o estacionamento e dota o projeto de uma proposta logística com boa resolução de fluxos. Em termos de viabilidade financeira, a nova torre e as lojas no subsolo são soluções interessantes para permitir a sustentabilidade econômica do Mercado, possibilitando, ao mesmo tempo, a continuidade das funções hoje existentes. Pondera-se, entretanto, que as lojas âncoras propostas para o subsolo podem  instesificar, de maneira constante, o fluxo de veículos na região. Em termos de atendimento à demanda pela criação de novas vagas de estacionamento, o projeto atende a contento. A circulação vertical é outro item positivo na solução de projeto já que foi resolvida utilizando a estrutura da Caixa d’água existente como elemento de ligação entre a Praça do Mercado, o novo conjunto arquitetônico e o parque Amilcar Vianna Martins.

Projeto nº 06: Francisco Albano Andrade e equipe: Gian Paolo Lorenzetti e Rodrigo Ferreira Andrade.

Este projeto propõe um conjunto composto por rampas de circulação, praças e mirantes que “abraçam?o Mercado, oferecendo uma estrutura plástica bem resolvida, com uma rica ambientação de espaços para os usuários. A flexibilidade de usos dos espaços propostos foi considerada como ponto relevante, pois, potencializa a instalação de variados eventos em seu complexo. As novas estruturas de uso se articulam de maneira amigável ao edifício do Mercado embora este tenha seu invólucro modificado. A comissão julgadora entende que o fechamento da Rua Opala limita o fluxo de circulação no bairro gerando entraves de circulação de pessoas e veículos no entorno. Além de resolver bem a demanda por vagas de estacionamento, a proposta melhora a articulação do Mercado com a Universidade e o parque Amílcar Vianna Martins.

No sábado os proponentes apresentarão seus projetos, de acordo com o edital, para apreciação dos moradores do bairro Cruzeiro e entorno e mais especificamente da ACOMEC ?Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro e AMOREIRO ?Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro.


Colaboração editorial: Danilo Matoso

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//puntoni.28ers.com/2011/08/27/iab-mg-apresenta-os-finalistas-da-premiacao-viva-o-mercado/feed/ 0 6791
Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/05/09/contra-a-demolicao-do-mercado-distrital-do-cruzeiro-bh/ //puntoni.28ers.com/2011/05/09/contra-a-demolicao-do-mercado-distrital-do-cruzeiro-bh/#comments Mon, 09 May 2011 17:24:38 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=6391 Continue lendo ]]>

Arquitetos e comunidade local mobilizam-se contra a demolição

O Mercado Distrital do Cruzeiro, em Belo Horizonte, projetado em 1972 pelo arquiteto mineiro Éolo Maia (1942-2002), pode ser demolido para dar lugar a dois hotéis e um estacionamento para quase dois mil veículos. O projeto de lei que autoriza a demolição do Mercado do Cruzeiro será votado no dia 18 de maio na Câmara de Vereadores. Arquitetos e a comunidade local mobilizaram-se contra a obra, organizando um abaixo-assinado.

Cumprindo importante papel como centro de convivência regional, como outros mercados distritais da capital mineira, o Mercado do Cruzeiro seria a segunda grande perda neste universo local, sucedendo a recente demolição do Mercado Distrital da Barroca (abandonado havia uma década).

Agora porém, as comunidades local e profissional mobilizaram-se contra o projeto da Prefeitura de Belo Horizonte, que nele pretende investir verbas destinadas à infraestrutura da Copa do Mundo. O mercado cumpre uma função gregária natural, além de ser uma relevante obra da arquitetura mineira da década de 1970, com seus elegantes pilares metálicos. A construção do hotel incomoda ainda pelo significativo aumento da densidade em uma área de sistema viário já congestionado.

Para impedir a realização do projeto foi organizado um abaixo-assinado direcionado à prefeitura, contra a demolição defendendo um projeto de revitalização que mantenha o caráter histórico e social do Mercado.

A revista mdc uniu-se a este grupo, apoiando a preservação do mercado como arquitetura e como centro comunitário natural.

Link do abaixo assinado:
//www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=AMOREIRO


Imagens


Nota sobre os mercados

José Eduardo Ferolla

Mercados, como qualquer comércio, só têm sucesso se localizados em regiões de grande fluxo de pessoas.
Originários do souq árabe, ocorriam quase que espontaneamente em encruzilhadas (carrefours) de rotas de caravanas, com o tempo – em função da periodicidade e da importância destas caravanas – uns se firmando mais que outros e se transformando em importantes cidades. Como Marrakesch.

A política dos Mercados Distritais, coisa do início dos anos 70 (foram três, construídos simultaneamente, entre 1972-73, ), já começou equivocada ao ignorar esta vocação na escolha das respectivas localizações. Todos, sem exceção, ficaram situados em locais praticamente inacessíveis:

Mercado Distrital de Santa Tereza (Arqs. João Alberto Bethônico e Luiz Carlos Garcia Chiari):
Num buraco de fim de bairro, numa “vesícula” praticamente cercada pelo Arrudas e pela linha férrea, longe de tudo e de todos.
Várias tentativas de reaproveitar aquelas instalações para fins culturais, relacionadas à tradição boemio-musical do bairro, acabaram por conduzir consulta pública online para decidir a sua destinação, anulada após constatação de que, dentre outros menos conhecidos, até o finado ex prefeito Célio de Castro havia votado… Continua às traças.

Mercado Distrital da Barroca (Arqs.Celso Eustáquio de Oliveira, José Eduardo Ferolla e Sérgio de Paula):
Num local anteriormente ocupado por um sanatório (o que, de origem, já afastava dali as pessoas), não teve como competir com o comércio ao longo do vale, abaixo (Avenida Francisco Sá), onde tudo era também encontrado sem a necessidade de subir encosta tão íngreme e atravessar o trânsito intenso da Avenida do Contorno. Do lado oposto, a barreira era imposta pela linha de quarteirões privativos da polícia. Acabou depredado pelos despachantes que gravitam em torno dos Detrans de qualquer cidade.
 Foi o que mais sofreu com a falta de cuidado: primeiro, acrescido sem respeitar suas diretrizes espaciais originais, depois, pela rapinagem de elementos de vedação e cobertura. Ao final dos anos noventa já estava condenado pela corrosão nos pés dos pilares. Após demolição recente, o espaço foi leiloado e arrematado por rede hospitalar privada, assim, de certa forma, recuperando o seu uso original.

Mercado Distrital do Cruzeiro (Arq. Éolo Maia):
Geograficamente situado em condições similares ao Barroca, por um lado, com o morro do Cruzeiro impedindo o acesso e o forte aclive impedindo competir, do outro lado, com o comércio da Vitório Marçola, conseguiu, contudo, melhor sobrevida. Não como mercado, mas pelo sucesso do restaurante que o ocupou e ainda ocupa, sucesso creditado, inclusive, ao elevado nível socioeconômico daquela região.
E como o que é usado – até sapato – dura mais, é o que se encontra em melhores condições.

A Secretaria Municipal de Abastecimento, vendo-se desprovida de condições de competir com as redes de supermercados e “sacolões”, acabou por deixá-los de lado, naturalmente se decompondo.
Foram todos desaparecendo como os “armazéns” da minha infância e juventude. A maioria, de portugueses. O Armazém Colombo, por exemplo, na esquina de Paraiba com Cristóvão Colombo, atendeu a minha família até ser fechado. Era também meu banco 24 horas. Num aperto, era só assinar na “caderneta” e sair com dinheiro na mão. E entregavam as compras em casa e conheciam todos pelo nome e todos igualmente os conheciam e isso bastava como crédito.
 Não sei se é saudosismo valorizar um tempo em que honestidade era valor.


Colaboração editorial: Luciana Jobim

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/04/16/9%c2%ba-seminario-docomomo-brasil/ //puntoni.28ers.com/2011/04/16/9%c2%ba-seminario-docomomo-brasil/#respond Sat, 16 Apr 2011 23:49:56 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=6254 Continue lendo ]]>

interdisciplinaridade e experiências em
documentação e preservação do
patrimônio recente

7 a 10 de  junho . 2011
brasília

O DOCOMOMO é uma organização não-governamental fundada em 1988, na Holanda, com representação em mais de quarenta países. Entidade sem fins lucrativos, os seus objetivos são a documentação e a preservação das criações do Movimento Moderno na arquitetura e no urbanismo. Atualmente está sediado na Fundação Mies van der Rohe, de Barcelona e faz parte do corpo assessor do World Heritage Center da UNESCO. O DOCOMOMO é reconhecido como uma das mais importantes organizações mundiais ligadas às causas preservacionistas.

Em 1992 foi criado, junto à Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, a sua seção brasileira, o DOCOMOMO Brasil. No momento, está sediado no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Os seminários do DOCOMOMO Brasil são realizados a cada dois anos desde 1995. Envolvendo cursos e programas de pós-graduação em arquitetura e urbanismo de diversas universidades, estes eventos já se tornaram um fórum reconhecido ?inclusive no plano internacional ?pela contribuição ao debate sobre a arquitetura e o urbanismo do movimento moderno. Com a criação dos núcleos regionais do DOCOMOMO, a sua atuação tem se estendido por todo o país, resultando na realização de diversos eventos de caráter local.
O 9º Seminário DOCOMOMO Brasil será realizado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília de 7 a 10 de junho de 2011, terá como tema Interdisciplinaridade e experiências de documentação e preservação do patrimônio recente, e reunirá pesquisadores nacionais e estrangeiros de diversos campos do conhecimento envolvidos com a área de documentação e conservação de  arquitetura e urbanismo modernos.


Para inscrições e mais informações, visite a página do evento em www.docomomobsb.org.

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/04/04/finalistas-do-premio-mies-van-der-rohe-2011/ //puntoni.28ers.com/2011/04/04/finalistas-do-premio-mies-van-der-rohe-2011/#comments Tue, 05 Apr 2011 01:25:36 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=6020 Continue lendo ]]>

Divulgados os seis escritórios finalistas

A Comissão Européia para Educação, Cultura, Multiculturalismo e Juventude e a Fundação Mies van der Rohe anunciaram os seis finalistas do Prêmio Mies van der Rohe, selecionados dentre as 343 obras indicadas em 33 países europeus. Os projetos finalistas são:

Neues Museum Berlim, Alemanha
David Chipperfield Architects / David Chipperfield


Teatro Bronks, Bruxelas, Bélgica
MDMA ?Martine De Maeseneer Architecten / Martine De Maeseneer, Dirk Van den Brande

MAXXI: Museu Nacional de Arte do Século XXI, Roma, Itália
Zaha Hadid Architects / Zaha Hadid, Patrick Schumacher, Gianluca Racana

Sala de Concertos da Rádio Dinamarquesa, Kopenhagen, Dinamarca
Ateliers Jean Nouvel / Jean Nouvel

Museu da Acrópolis, Atenas, Grécia
Bernard Tschumi Architects / Bernard Tschumi

Centro de reabilitação Groot Klimmendaal, Arnhem, Países Baixos
Architectenbureau Koen van Velsen / Koen van Velsen

A cerimônia do prêmio será celebrada no Pavilhão Mies van der Rohe de Barcelona, Espanha, no dia 20 de junho. Segundo afirma Androulla Vassiliou, da Comissão Européia,

“Nossos finalistas têm duas coisas em comum: são europeus e se encontram entre os arquitetos mais visionários do mundo intero. O Prêmio de arquitetura contemporânea da União Européia celebra seu talento e exibe a importância econômica, social e cultural de nossos setores criativos.?/em>

Júri: Mohsen Mostafavi, Presidente do júri/Decano da Graduate School of Design, Harvard University, Cambridge, EE.UU; Ole Bouman, Director, Nederlands Architectuurinstituut, Rotterdam; Yvonne Farrell, Grafton Architects, Dublin; Annette Gigon, Gigon/Guyer, Zúrich; Anne Lacaton, Lacaton & Vassal Architectes, Paris; Tarald Lundevall, arquiteto, SNØHETTA, Oslo; Pei Zhu, Beijing, China, e o secretário do júri, Lluís Hortet, Diretor da Fundação Mies van der Rohe, Barcelona.


Colaboração editorial: Débora Andrade

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/03/31/eduardo-souto-de-moura-recebe-o-pritzker-2011/ //puntoni.28ers.com/2011/03/31/eduardo-souto-de-moura-recebe-o-pritzker-2011/#respond Thu, 31 Mar 2011 20:16:55 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=5951 Continue lendo ]]>

A cerimônia de premiação será dia 2 de junho, em Washington

Eduardo Souto de Moura foi anunciado, neste dia 28, o vencedor do Pritzker Architecture Prize 2011. O arquiteto, de 58 anos, foi o segundo português a receber o Pritzker, depois da premiação de Álvaro Siza, em 1992. Segundo Souto de Moura, “o fato de ser a segunda vez que um arquiteto português é escolhido a torna ainda mais importante”.

 

A obra do arquiteto já foi reconhecida em diversos prêmios ao longo de sua carreira. Os principais foram o Prêmio Pessoa (1998), o Prêmio Secil de Arquitetura (1992 e 2004), o 1º Prêmio da Bienal Ibero-Americana (1998), o Prêmio Internacional da Pedra na Arquitetura (1995), a Medalha de Ouro Heinrich Tessenow (2001) e o Prêmio Internacional de Arquitetura de Chicago (2006). Além disso, neste ano, Souto de Moura foi indicado também ao Prêmio Mies van der Rohe 2011, pelo Museu Paula Rego.

Souto de Moura trabalhou para Álvaro Siza, ainda quando estudante, e como arquiteto realizou mais de 60 projetos desde 1980, quando abriu seu próprio escritório. Sua obra desenvolveu-se principalmente em Portugal, mas também está presente na Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido e Suíça. Os projetos são bastante variados, em uso e escala: de residências unifamiliares a um sistema de metrô, passando por um cinema, shopping centers, hotéis, apartamentos, escritórios, galerias de arte e museus, escolas e estádios esportivos.

Abaixo, transcrevemos a citação do júri:

“Nas últimas três décadas, o arquiteto português Eduardo Souto de Moura produziu uma obra que pertence ao nosso tempo mas também carrega valores da arquitetura tradicional. Sua produção é uma prova convincente do potencial expressivo da linguagem moderna e da adaptabilidade em situações locais distintas. Sempre atento ao contexto, compreendido num sentido amplo, e fundamentado no espaço, no tempo e na função, a arquitetura de Souto de Moura reforça um senso histórico enquanto expande os territórios da expressão contemporânea.

Já em seus primeiros trabalhos, datados da década de 80, Souto de Moura teve um desenvolvimento consistente que nunca adotou os modismos de época. Nesse tempo, ele estava totalmente fora das tendências, tendo desenvolvido seu estilo próprio durante o auge do pós-modernismo. Se vistas dos tempos atuais, as edificações mais antigas poderiam parecer comuns, mas devemos lembrar como foram corajosas em seu tempo.

A versalidade de sua prática é evidente na variedade de encargos que tem empreendido com sucesso. Ele é capaz de desenhar desde a escala doméstica à urbana. Muitos dos seus trabalhos na década de 80 foram casas unifamiliares e perduravam em meio a seus trabalhos seminais. De qualquer forma, o escopo de seu trabalho se expandiu: o Estádio Municipal de Braga, Portugal, projetado em 2000, é muscular, monumental e bastante familiar dentro de sua poderosa paisagem; a Torre Burgo, Portugal, projetada no início dos anos 90 e construída uma década depois, consiste em dois edifícios lado a lado, um vertical e um horizontal com diferentes escalas, dialogando um com o outro e com a paisagem urbana; o Museu Paula Rego, completado em 2008, um conjunto de volumes entremeados nas árvores de seu terreno em Cascais, Portugal, é ao mesmo tempo urbano e íntimo, sendo assim apropriado para exposição de obras de arte.

E m sua aparente simplicidade formal, as edificações de Souto de Moura compõe uma série de complexas referências às características da região, da paisagem, do local, e ainda mais vastas à história da arquitetura. Frequentemente geometrias simples são realçadas através de interações entre cheios e vazios ou luz e sombra. A restauração e adaptação do Monastério de Santa Maria do Bouro a um hotel levou um prédio da ruína à reinterpretação. Souto de Moura criou espaços que são coerentes com sua história e modernos em concepção. A efetivação de seus trabalhos geralmente se origina de uma justaposição de elementos e conceitos. Sua capacidade única de absorver a realidade ao mesmo tempo em que aplica a abstração cria uma linguagem arquitetônica que transforma aspectos físicos em metafísicos.

Souto de Moura é um arquiteto fascinado pela beleza e autenticidade dos materiais. Seus conhecimentos construtivos e destreza com materiais estão sempre refletidos em seus projetos. Ele tem segurança em usar pedra de mil anos atrás ou de inspirar-se por um detalhe moderno de Mies van der Rohe. O uso bem pensado do cobre, da pedra, do concreto e da madeira no Centro Cultural em Porto, completado em 1991, por exemplo, é um testamento de sua habilidade de combinar materiais expressivamente. Ao modificar pavimentação, texturas, trajetos e espaços públicos para o sistema de metrô de Bom Jesus, Portugal, em 2007, alcançou uma riqueza incomum com a sutil gradação no concreto de suas paredes exteriores.

A arquitetura de Eduardo Souto de Moura não é óbvia, frívola ou pitoresca. Ela tem inteligência e seriedade. Seu trabalho requer uma contemplação intensa, não apenas um breve olhar. E como poesia, é capaz de comunicar com emoção àqueles que tiram tempo para ouví-la. Seus edifícios têm uma habilidade única de transmitir de forma conveniente características conflitantes – poder e modéstia, vaidade e delicadeza, clara autoridade pública e senso de familiaridade – ao mesmo tempo. Para a arquitetura que aparenta fácil, serena e simples, e para o cuidado e a poesia que permeiam cada projeto, Eduardo Souto de Moura recebe o Prêmio Pritzker 2011.”

Júri: Lord Peter Palumbo, Alejandro Aravena, Carlos Jimenez, Glenn Murcutt, Juhani Pallasmaa, Renzo Piano, Karen Stein e Martha Thorne (diretor executivo).

Fonte: Fundação Pritzker.


Colaboração editorial: Débora Andrade

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/03/25/forum-jovens-arquitetos-latino-americanos/ //puntoni.28ers.com/2011/03/25/forum-jovens-arquitetos-latino-americanos/#respond Fri, 25 Mar 2011 22:28:08 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=4887 Continue lendo ]]>

Cartaz Divulgação PecemInserções numa realidade periférica

8, 9 e 10 .  junho . 2010
Fábrica de Negócios . Fortaleza . Ceará

Tendo em vista que a maioria das publicações que se encontra é sobre arquitetos já renomados e que atuam em realidades sócio-econômicas bastante distintas da nossa, nem sempre é possível ver em suas práticas algo passível de aplicação à nossa atividade cotidiana.

Ao mesmo tempo, a procura de uma identidade para a arquitetura latino-americana vem sendo questionada, visto que, no atual mundo globalizado, torna-se difícil estabelecer elementos regionais que possam unir, em um estilo latino-americano, a arquitetura de seus diversos países. Não há dúvidas, no entanto de que questões políticas, sociais e econômicas acabam por aproximar a produção arquitetônica desses países.

Nos últimos anos, desenvolve-se na América Latina uma produção arquitetônica de valor, através de sua nova geração de arquitetos. Geração essa que vêm provando que, em meio à escassez de recursos e de tecnologias muito avançadas, é possível fazer uma boa arquitetura.

Assim, pareceu adequado explorar como esses arquitetos, inseridos em contextos similares, vêm respondendo de forma inovadora às questões contemporâneas, propondo novas maneiras de se pensar e fazer arquitetura, gerando novas formas de se viver as cidades, de se relacionar com os espaços e de se utilizar novos materiais e técnicas construtivas de forma mais racional, econômica e criativa. Mais do que quais são as novas respostas que esses arquitetos estão dando, interessa-nos saber quais são as perguntas que eles identificam como importantes e buscam responder através da arquitetura.


Palestrantes confirmados

ADAMO-FAIDEN (Argentina)
MAAM (Uruguai)
PLAN:B (Colômbia)

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Local

Fábrica de Negócios
Av. Monsenhor Tabosa, 740
Fortaleza – CE, CEP 60165-010
(0xx)85 3083-1112
//www.fabricadenegocios.tur.br/
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Realização
UFC
Promoção
Fundação ASTEF
Organização
iKone Eventos
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Mais informações e inscrições diretamente no site do evento:

//www.fjal.com.br

Telefones para Contato:
Ikone (empresa organizadora) – 55 85 3261 1111
Comissão organizadora – 55 85 3215 4564


Colaboração editorial: Débora Andrade

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//puntoni.28ers.com/2011/03/25/forum-jovens-arquitetos-latino-americanos/feed/ 0 4887
Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/03/18/premio-mies-van-der-rohe-2011/ //puntoni.28ers.com/2011/03/18/premio-mies-van-der-rohe-2011/#comments Fri, 18 Mar 2011 19:46:05 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=5514 Continue lendo ]]>

Divulgada a lista das 343 obras indicadas à
décima-segunda edição do Prêmio Mies van der Rohe

A lista completa com as 343 obras nomeadas para a 12ª edição do Prêmio Mies van der Rohe foi divulgada no dia 8 de março. Na fase seguinte, serão escolhidas cinco finalistas, entre as quais apenas uma será premiada.

Iniciativa da Comissão européia e da Fundação Mies van der Rohe, o prêmio ocorre a cada dois anos e tem como objetivo reconhecer e valorizar a excelência na arquitetura e destacar a importante contribuição dos profissionais europeus ao desenvolvimento de novos conceitos e tecnologias.

Entre os arquitetos e escritórios indicados, estão os já consagrados atualmente Bjarkw Ingels Group (BIG), Zaha Hadid, Jean Nouvel e Bernard Tschumi.

Veja aqui a lista completa de todas as obras indicadas.


Colaboração editorial: Débora Andrade

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//puntoni.28ers.com/2011/03/18/premio-mies-van-der-rohe-2011/feed/ 2 5514
Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/02/02/premio-ea-80-anos/ //puntoni.28ers.com/2011/02/02/premio-ea-80-anos/#respond Thu, 03 Feb 2011 00:52:33 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=4495 Continue lendo ]]> Inscrições até 11.02.2011
Entrega das propostas até 18.02.2011

As grandes datas comemorativas são ótimos momentos para se avaliar uma trajetória e prospectar o futuro. Como parte das comemorações dos 80 anos da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais será realizada a Exposição “Escola de Arquitetura da UFMG: lembrança do passado, visão do futuro”, que constitui um desses momentos singulares onde a comunidade da EA terá a oportunidade de apresentar reflexões e discussões sobre um tema relevante, contribuindo para um debate democrático com a população em geral.

Toda a comunidade da EA – alunos, ex-alunos, funcionários e professores na ativa e aposentados – está convidada a participar do Prêmio ea80 enviando trabalhos. Os trabalhos selecionados farão parte da Exposição, a realizar-se no Palácio das Artes, em abril de 2011. Os interessados poderão participar enviando material cujo conteúdo seja ensaístico, crítico ou propositivo contemplando o tema 01 ideia para Belo Horizonte.

Serão aceitos diferentes formatos (mídias) – desenhos, fotos, projetos, vídeos, objetos, história em quadrinhos, fotonovela, diagramas, performances, etc.

Serão distribuidos R$7.000 (sete mil reais) em prêmios.

As vagas são limitadas e o cadastro de participação deve ser realizado neste link até o dia 11 de fevereiro de 2011.

A entrega das propostas deve ser realizada até o dia 18 de fevereiro de 2011.

premiação

Serão premiados os três primeiros colocados e os trabalhos dignos de destaque receberão menções honrosas.

Serão distribuidos R$7.000,00 (sete mil reais) em prêmios divididos do seguinte modo:
R$4.000,00 (quatro mil reais) para o primeiro colocado;
R$2.000,00 (dois mil reais) para o segundo colocado;
 R$1.000,00 (hum mil reais) para o terceiro colocado.

cronograma

As etapas do prêmio EA 80 anos serão dispostas da seguinte maneira:

11/02/2011 – Último dia para realização de cadastro e inscrição
18/02/2011 – Último dia para entrega de propostas
25/02/2011 – Anúncio dos selecionados e início dos trabalhos de montagem
25/03/2011 – Último dia para entrega dos trabalhos

Faça download do edital aqui.


Os interessados devem acessar diretamente a página do concurso para eventuais consultas, atualizações e alterações relativas ao concurso anunciado.

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2011/01/27/pos-graduacao-escola-da-cidade-civilizacao-america/ //puntoni.28ers.com/2011/01/27/pos-graduacao-escola-da-cidade-civilizacao-america/#respond Thu, 27 Jan 2011 03:31:36 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=4462 Continue lendo ]]>

Um olhar através da arquitetura

Inscrições 2011

Escola da Cidade abre inscrições para Pós-Graduação

Cursos acontecem em São Paulo e na Bahia. Um deles será orientado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé)

A Escola da Cidade ?Faculdade de Arquitetura e Urbanismo está com inscrições abertas para três cursos de pós-graduação lato sensu.

O programa, que tem como tema principal “Civilização América ?Um Olhar através da Arquitetura?/strong>, se estrutura em três cursos: ‘Habitação e Cidade?/em>, ‘Geografia, Cidade e Arquitetura?/em> e ‘Ambiente Construído?/em>, este último em parceria com o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat (IBTH) da Bahia, presidido pelo arquiteto João Filgueiras Lima, popularmente conhecido como Lelé.

Este é o terceiro ano em que a faculdade oferece cursos de pós-graduação e os resultados de sucesso mostram a consolidação desta proposta.


HABITAÇÃO E CIDADE

Organizado em parceria com a Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo, está em sua terceira edição neste ano de 2011. Os trabalhos desenvolvidos na especialização já resultaram, inclusive, em livro publicado no ano de 2010. O objetivo do curso é dar continuidade à formação dos profissionais que desenvolvem projetos e enfrentam as questões habitacionais de interesse social nos territórios urbanos, especialmente favelas, dedicando uma atenção especial à interface entre trabalho técnico e a participação da comunidade nestes projetos.

?em>Habitação e Cidade?tem como coordenadores os arquitetos Ruben Otero e Luis Octávio de Faria e Silva. Ruben Otero é formado pela Universidade da República do Uruguai (1983) e doutor em Projetos Arquitetônicos pela Universidade Politécnica da Catalunha (2008). Luis Octavio é formado (1989), com mestrado (2001) e doutorado (2008) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).


GEOGRAFIA, CIDADE E ARQUITETURA

A proposta é discutir, através da arquitetura, a formação cultural dos países da América a partir da própria condição geográfica. Realizado pela primeira vez em 2010, o curso volta em 2011 dando continuidade aos estudos dos países da América, agora com Paraguai, Uruguai, Colômbia e EUA. A idéia é refletir sobre as necessidades próprias destes países, as relacionando às esferas culturais, sócio-econômicas e ambientais. O curso destina-se a arquitetos e urbanistas, artistas, engenheiros, além de demais interessados no tema.

?em>Geografia, Cidade e Arquitetura?/em> é coordenada pelos arquitetos Álvaro Puntoni e Fernando Viégas, doutor e mestre, respectivamente, formados pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAAUSP).


AMBIENTE CONSTRUÍDO

Realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat (IBTH), a especialização ?em>Ambiente Construído?/strong> acontecerá em Salvador (BA), na sede do IBTH, e terá duração de dois meses (de 27 de junho a 17 de agosto de 2011). O curso, que é o primeiro fruto do convênio firmado entre as duas instituições, tem como objetivo dar competência ao profissional para participar do processo conceitual e construtivo de edifícios de habitação, equipamentos e infra-estrutura na construção das cidades.

A proposta é conhecer e exercitar soluções construtivas nas experiências de industrialização e pré-fabricação através de um estudo aprofundado da obra de Lelé. O público-alvo é de profissionais ligados às questões arquitetônicas, técnicas, artísticas, inventivas, construtivas e tecnológicas.

O curso é orientado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) e coordenado por três arquitetos: Alberto Cordiviola (Chango), Adriana Rabello Filgueiras Lima e Anália Maria Marinho de Carvalho Amorim. Alberto Cordiviola tem com vasto conhecimento da obra de Lelé e é formado pela Universidade Federal da Bahia, mestre e doutor, respectivamente, pela Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona e Universidade Federal da Bahia. Adriana Lima coordenou a obra do Hospital Sarah, do Rio de Janeiro e, atualmente, coordena a obra da Fundação Darcy Ribeiro, em Brasília. Anália Amorim é arquiteta, urbanista e professora da Escola da Cidade, professora e doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).

INSCRIÇÕES

As inscrições estão abertas até 25 de fevereiro, com exceção do curso ‘Ambiente Construído?que se estende até 10 de junho e podem ser feitas pelo site www.escoladacidade.edu.br ou na secretaria da Escola da Cidade. Demais informações são obtidas pelo telefone (11) 3258-8108 das 13h às 19h, ou pelo e-mail posgraduacao@escoladacidade.edu.br.


ESCOLA DA CIDADE

A Escola da Cidade é uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação que oferece curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. A Escola é um centro de estudos de graduação e pós-graduação do desenho do ambiente, das diferentes formas de ocupação do espaço e das relações entre arquitetura, história, cultura, território e natureza.

Instituição de ensino sem fins lucrativos, a Faculdade reúne um conjunto de professores capacitados para formar futuros arquitetos que elaborem reflexões críticas e criem soluções técnicas e estéticas, lidem com conhecimentos que estruturam o pensamento construtivo, reconheçam a dimensão do espaço coletivo, fomentem processos interpretativos estruturados, contínuos e criativos.

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12ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza
29.08.2010 a 21.11.2010

por
Bruno Santa Cecília e Carlos Alberto Maciel

Um dos eventos mais importantes do calendário arquitetônico mundial, a 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza acontece de 29 de agosto a 21 de novembro de 2010. A direção do evento coube à arquiteta japonesa Kazuyo Sejima que propôs o tema People meet in architecture. Até o final de novembro, a cidade respirará arquitetura, já que as exposições acontecem tanto nos espaços tradicionais da Bienal – o Arsenale e o Giardini -, como também estão espalhadas por toda a cidade, seja em representações oficiais ou eventos paralelos.

Arquitetura, arte e cotidiano

A programação oficial da Bienal se distribui entre as representações nacionais, exposições dos arquitetos convidados, ciclos de palestras e debates, além de espaços e instalações de artistas contemporâneos que buscam estabelecer diálogos com a arquitetura.

Deste conjunto, destacam-se algumas ações importantes, a começar pela condução curatorial de Kazuyo Sejima. Além de ser a primeira mulher a dirigir a Bienal de Arquitetura, é também a primeira representante da prática arquitetônica depois de uma série de edições encabeçadas por críticos e historiadores da arquitetura. O tema proposto por Sejima propõe uma maior aproximação do evento com as pessoas, relembrando que a função mais relevante da Bienal não é desfilar utopias vagas, mas ajudar os arquitetos a construir visões de mundo que podem operar no presente.

A primeira proposta de Sejima foi antecipar em algumas semanas o evento que normalmente acontece no final de setembro. Esta simples alteração no calendário do evento permitirá que ele se sobreponha ao final das férias de verão europeias, fazendo com que as milhares de pessoas que visitam Veneza nessa época do ano participem efetivamente do debate arquitetônico.

Sejima acredita que, em um mundo interconectado pela tecnologia, a arquitetura ainda ocupa um lugar importante porque seria o reflexo de uma consciência coletiva. Por outro lado, a arquiteta estimulou a multiplicidade de pontos de vista estimulando a livre interpretação do tema por cada participante. Essa multiplicidade está representada na visão de arquitetos, engenheiros e artistas. Tal abertura do campo de diálogo pode parecer um desvirtuamento da exposição, mas reflete a crença da diretora que os espaços não são produzidos apenas por arquitetos e que sua realização depende de uma série de outros profissionais, cada qual com sua visão do mundo e da arquitetura. Uma visão muito bem vinda em tempos de especialização.

Infelizmente, essa orientação não foi compreendida plenamente por alguns arquitetos e artistas, insistentes em promover representações auto-referenciais e vazias de sentido. A propósito, essa Bienal registra como nenhuma outra que a linha que define o que é arte e o que é arquitetura tem sido forçada a se diluir, com prejuízo para ambas as disciplinas. Quando os arquitetos agem como artistas e vice-versa, quase sempre o resultado é desastroso. Mas se por um lado sobram exemplos mal sucedidos, por outro, há algumas obras que constroem diálogos sensíveis entre arte e arquitetura.

Fig. 1: duas casas em Santa Isabel, por Ricardo Bak Gordon. Foto: Fernando Guerra | FG + SG, 2010

Talvez o melhor exemplo dessa sensibilidade seja o filme de Wim Wenders intitulado If buildings could talk…. O cineasta alemão especula que, se os edifícios pudessem falar, alguns falariam como Sheakspeare, outros fariam discursos monótonos, uns gritariam e outros apenas sussurrariam. Nesse belo trabalho, Wenders constrói uma narrativa poética do Rolex Learning Center (Suiça), projetado pelo escritório SANAA de Sejima e Ryue Nishisawa, deixando que o edifício se apresente em primeira pessoa. Uma ideia arriscada que em mão menos habilidosas poderia se tornar caricata, nas mãos de Wenders eleva-se verdadeiramente à condição de obra de arte.

Já a mostra portuguesa No place like – 4 houses 4 films propõe quatro visões cinematográficas de quatro casas dos arquitetos Alvaro Siza Vieira, Carrilho da Graça, Aires Mateus e Ricardo Bak Gordon. Na maior parte desses filmes, a relação com arquitetura e o objeto representado é bastante tênue, deslocando o interesse e o foco do filme para uma certa autonomia da imagem cinematográfica. Exceção para o trabalho de Filipa César, de caráter mais documental e histórico, que apresenta o edifício da Bouça, projetado por Siza, através de um singelo percurso que aproxima o expectador do cotidiano dos moradores. Quatro casas de tipologias e soluções arquitetônicas variadas representam o país cuja produção apresenta qualidade bastante acima da média.

Fig. 2: instalação Cloudscapes. Foto: Bruno Santa Cecília, 2010.

Uma realização curiosa é a instalação ambiental Cloudscapes, de Matthias Schuler e Tetsuo Kondo. A dupla materializa uma nuvem dentro de uma sala dos pavilhões do Arsenale através de um sofisticado sistema de condicionamento ambiental que cria duas camadas de ar: uma inferior, fria e seca, e uma superior, quente e úmida. No encontro dessas duas camada, o vapor de água se condensa e cria o efeito de um lençol de névoa a meio altura da sala. Complementa a instalação, uma rampa em espiral que conduz o expectador até o ponto mais alto do espaço, em cujo percurso é possível perceber todas as gradações atmosféricas. Para além do experimento científico e tecnológico, o trabalho de Schuler e Kondo é uma investigação sobre a própria ideia de limite e sua importância na caracterização e diferenciação dos espaços.

Outra obra que chama atenção é a estrutura proposta pelos chineses do Amateur Architecture Studio. A cúpula construída no interior de uma das salas, com uso apenas de cabos e peças de madeira, faz uma releitura de um modo construtivo vernáculo. O caráter tectônico dessa obra acaba soando dissonante dentro do panorama das demais exibições, revelando que o discurso arquitetônico dominante tem se mantido afastado das questões construtivas. É promissora a ideia de que se trata de um sistema construtivo, mais do que uma forma, cuja simplicidade permite pensar em modos de autoconstrução com resultados que transcendem o imediatismo das soluções mais convencionais.

Fig 3: estrutura em madeira e tirantes do Amateur Architecture Studio. Foto: Bruno Santa Cecília, 2010.

Entre os eventos paralelos e as representações nacionais, alguns eventos merecem destaques. O evento de abertura da mostra intitulada Quotidian Architectures, organizada pelo Instituto de Arquitetos de Hong Kong (HKIA) e Hong Kong Arts Development Council (HKADC), contou com um debate entre os arquitetos envolvidos no desenvolvimento de três propostas de masterplan para o West Kowloon Cultural District, uma intervenção de grande porte a ser implantada em Hong Kong nas próximas décadas. O ponto alto do debate se centrou na discussão sobre a validade da própria ideia de Masterplan. Rem Koolhaas, com suas assertivas curtas e certeiras, provocou seus colegas com a afirmação de que a própria ideia de plano diretor estaria morta. Rocco Yim, um dos arquitetos também envolvidos no projeto, defendeu elegantemente que há lugar para o desenho das infraestruturas e dos suportes que viabilizem a flexibilidade do uso futuro do território. Concluiu o debate o arquiteto Norman Foster, tomando Veneza como exemplo para argumentar que em última instância o que caracterizaria a qualidade da intervenção no território é o desenho das infraestruturas – os canais, as pontes, as passagens, os campos, piazzas, pórticos e piers, no caso veneziano – o que liberaria a possibilidade de transformação do espaço e do edifício privado.

Fig. 4: Debate no evento Quotidian Architectures, com a participação dos arquitetos que desenvolveram propostas para o Masterplan para o West Kowloon Cultural District: Rocco Yim (1o a esquerda), Norman Foster (2o a esquerda) e Rem Koolhaas (ao microfone). Foto: Carlos Alberto Maciel, 2010.

Esse mesmo tema reaparece na mostra do Japão. Organizada por Koh Kitayama, toma o aniversário de 50 anos do metabolismo japonês para repropor a questão da relação entre superestruturas determinadas e livre apropriação do espaço privado. Apresenta a ideia de Metabolismo Vazio, centrado na transformação orgânica do tecido urbano de Tokyo devido à progressiva subdivisão dos lotes urbanos pelos proprietários de modo a ampliar a renda e abrigar novos núcleos familiares. As edificações evoluem conforme o ciclo de vida de seus proprietários – o ciclo de vida médio das casas japonesas é de 26 anos -, suas necessidades e de suas famílias. Destaca 3 gerações tipológicas que denotam a transformação da ocupação territorial – os sobrados residenciais, as casas associadas ao comércio e o pequeno edifício metálico de 3 pavimentos, com maior aproveitamento do terreno e menor relação com espaço urbano. Apresenta uma quarta geração de moradia, representada na mostra pelas casas Moriyama, de Ryue Nishizawa, pela casa e atelier Bow-Wow, de Yoshiharu Tsukamoto e Momoyo Kajima, em que os limites entre interior e exterior, público e privado, são diluídos de modo a estimular a conformação de domínios territoriais ambíguos que restituam a qualificação do espaço urbano. Surpreendente, a mostra parece indicar alternativas de abordagem da questão da preservação ao compreender a cidade de Tokyo como um processo permanente de reconstrução, “uma nova paisagem urbana nascida da presença ubíqua de um poder compartilhado (democracia total).?/p>

Fig. 5: Pavilhão de Israel: a estratégia gráfica é ao mesmo tempo catálogo, mostra e mobiliário, criando objetos dispostos ao longo do pavilhão ?as pilhas de cartões com imagens e textos destacáveis, que permitem que cada visitante construa sua própria leitura da mostra e a leve consigo. A mesma estratégia aparece na mostra do OMA, na parede. Foto: Carlos Alberto Maciel, 2010.

A questão da preservação, para além do objeto arquitetônico, está presente na mostra de Israel, em uma bela apresentação da arquitetura dos kibbutz, cuja especificidade social e econômica, bastante afetada pelo capitalismo e pela vida suburbana nas últimas décadas, vem sendo retomada como modelo possível de uma “wellfare community?– ou comunidade do bem estar social. Estruturado como um espaço único, de caráter coletivo, com diversas edificações que acomodam as atividades cotidianas, os Kibbutz viabilizam uma organização social típica e sem precedentes, que se coloca como alternativa viável em um momento em que a sustentabilidade ambiental e a auto-organização estão na pauta dos arquitetos do planeta.

No pavilhão dos países nórdicos ?Finlândia, Noruega e Suécia ? um dos mais belos do Giardini, projetado por Sverre Fehn, apresenta-se uma bela mostra voltada para o tema central da Bienal. De um lado, em uma linha fluida que desenha um percurso entre as duas entradas do pavilhão ?reforçando a sua qualidade ambiental, aberto e integrado à paisagem circundante ?são apresentadas obras de edifícios e espaços urbanos que favorecem o encontro entre as pessoas e a arquitetura; do outro lado, junto a uma das entradas do pavilhão, um grande espaço é destinado a escritórios de jovens arquitetos que habitarão o lugar temporariamente ao longo do período de atividade da Bienal, um de cada vez, aos modos de um escritório residente. A presença dos arquitetos ali cria o evento e o encontro, completando a apresentação.

Fig. 6: Pavilhão dos Países Nórdicos: a belíssima ambientação com luz natural e integração com a paisagem são potencializadas pela apropriação fluida e convidativa da mostra. Foto: Carlos Alberto Maciel, 2010.

No Arsenale, destaca-se a representação do Chile. Uma mostra prospectiva que toma como motivo uma tragédia: a recente destruição gerada pelo terremoto ocorrido no país no início de 2010. A exposição dá relevo a iniciativas de reconstrução e de implantação de edificações emergenciais, cuja urgência coloca a prova a capacidade dos arquitetos chilenos de reconstruir seu país buscando soluções não apenas imediatas, mas consistentes e duradouras. Sua relevância se assenta especialmente no engajamento social que tal ação representa ou em outras palavras, na “oportunidade da emergência? como afirma em seu texto de apresentação o Ministro Luciano Cruz-Coke Carvallo. A mostra se estrutura em três categorias que exigem respostas diferenciadas na situação de catástrofe: Patrimônio, enfocando a recuperação material de edifícios, em especial de construções vernáculas nas zonas rurais; Pré-fabricação, tratando da urgência de resposta às perdas imputadas pela tragédia com qualidade arquitetônica; e Organizações, apresentando as ações realizadas para viabilizar a avaliação de danos e a implementação de propostas em comunidades afetadas.

Outro destaque do Arsenale é o conjunto de entrevistas realizadas por Hans Ulrich Obrist, a pedido de Kazuo Sejima, com cada um dos participantes desta Bienal. Para além da bela sala montada na mostra, que permite assistir aleatoriamente às entrevistas, esse conjunto constituirá um precioso acervo sobre o que se pensa e o que se faz na arquitetura atual e nas manifestações que a tangenciam.

Fig. 7: Habitat Rural Pós-emergência: proposta de casa a ser implantada nas zonas rurais para uma quantidade considerável de famílias que perderam suas casas. Projeto realizado a partir de convênio entre a Universidade de Santiago de Chile e a Prefeitura de Paine. Autores: R. Aguilar, I. Ruz, R. Valenzuela, R. Velásquez (USACH), 2010.

O Brasil em Veneza

Nesta Bienal o Brasil comparece com a sua representação nacional, que ocupa tradicionamente o pavilhão brasileiro no Giardini, e com uma sala especial sobre a obra da arquiteta Lina Bo Bardi na mostra oficial. Organizada por Renato Anelli, a exposição sobre a obra de Lina apresenta uma grande maquete do Sesc Pompéia em conjunto com uma sensível seleção de documentos originais ?desenhos, croquis e imagens das obras da arquiteta. Destacam-se o desenho de paisagismo para o Sesc Pompéia, feito a mão sobre cópia heliográfica ?e os estudos para as fachadas do MASP, que antecipavam a ideia ?hoje recorrente ?de um jardim vertical ?posteriormente proposto novamente por Lina para a fachada do edifício da Prefeitura de São Paulo.

Fig. 8: vista geral do pavilhão do Brasil. Foto: Carlos Alberto Maciel, 2010.

No Pavilhão Brasileiro, com curadoria de Ricardo Ohtake, a organização bipartida do espaço expositivo abrigou uma mostra igualmente partida ao meio. Sob o argumento do aniversário de 50 anos de Brasília, a mostra propõe apresentar um recorte da produção arquitetônica nacional nestes 50 anos com foco nas produções entendidas como desdobramentos da arquitetura moderna brasileira. E cumpre bem o propósito ao revelar, quase subliminarmente, um tema dominante dos últimos 50 anos que caracteriza a produção brasileira: a ubiquidade e a permanência da arquitetura de Oscar Niemeyer como produção oficial do país e, à sua sombra, a sobrevivência silenciosa de diversas gerações de arquitetos, menos oficiais e mais inventivos, com muitos projetos e poucas ?e boas – obras construídas.

Do lado oficial, ótimas fotografias de projetos nem tanto, com pouca informação técnica ?como de costume nas mostras e publicações sobre Niemeyer ?revelam um conjunto uníssono que não apresenta o frescor, a inventividade e o refinamento das obras que o consagraram. Do outro lado, com farta informação técnica e variedade programática ?de grandes projetos para edifícios públicos a residências unifamiliares e intervenções construídas em vilas e favelas ?apresenta-se um recorte interessante da arquitetura paulista dos últimos 10 anos. Neste conjunto, comparece como dupla exceção o Memorial da Imigração Japonesa, de Gustavo Penna e Mariza Machado Coelho: vem de Minas Gerais e é apresentado sucintamente com duas fotografias. Além dos mineiros, estão presentes Angelo Bucci, Daniel Corsi / Dani Hirano, Marcos Boldarini e Mario Biselli / Arthur Katchborian.

Leão de Ouro: OMA | Rem Koolhaas

Pelo conjunto da obra Rem Koolhaas foi laureado com o Leão de Ouro em Veneza. Enquanto arquitetos costumam, em situações semelhantes, exibir a sua obra ?afinal não seria ela o motivo da premiação? – Koolhaas mostra que existe, está vivo e continua pensando. Sua mostra dedica uma parede apenas à história do OMA ?Office for Metropolitan Architecture ?através de 27 obras apresentadas em brochuras destacáveis, com 4 páginas por projeto ?que permite a cada visitante construir seu próprio catálogo. O restante do espaço é ocupado com uma extensa leitura crítica da ideia de preservação de um lado, e de outro da irrelevância do papel do arquiteto no mundo contemporâneo. A mostra é, por isso, precisa e justa com seu autor, ao evitar o congelamento de sua produção e lhe permitir que siga fazendo ?e pensando ?arquitetura.

Fig. 9: brochuras destacáveis com a história do OMA: cada visitante constrói seu próprio catálogo; o catálogo já é a exposição. Foto: Bruno Santa Cecília, 2010.

A estratégia é a mesma utilizada por Koolhaas desde S,M,L,XL: uma poderosa articulação entre imagens fortes e textos rápidos, com uma boa dose de ironia para transformar uma montanha de dados em argumentos relevantes. Por um lado, nada novo, na essência, para alguém que colocou em pauta questões como a cidade genérica, a arquitetura junkie e a há muito vem questionando as diferenciações entre centro e periferia. Discutir os limites da preservação e as contradições de seus instrumentos parece ser apenas um desdobramento natural ?mas não óbvio e automático ?de tais questões.

Com a fina ironia que lhe é própria, explicita a oposição conceitual, entendida como entrave insolúvel para a preservação arquitetônica, entre Ruskin e Viollet-le-Duc. Destaca duas situações de apropriação de edifícios históricos em Damasco, em que o edifício em uso, ainda não submetido a ações de preservação, tem muito mais vida e autenticidade do que o edifício “preservado??e convertido numa loja de grife. Ataca a substituição acentuada dos “recheios?de edifícios, preservando apenas sua aparência externa. Informa que 12% do território do planeta está submetido a mecanismos de preservação. Aponta a aceleração da aplicação dos mecanismos de preservação de tal modo que já se pode esperar, antes de sua construção, que um edifício seja tombado ?e para isso, menciona que a Casa Lemoine, em Bordeaux, foi considerada monumento histórico da França apenas 3 anos após a sua conclusão. E conclui com um manifesto contra a arquitetura vulgar, realizada por oposição aos cânones das cartas de Patrimônio. Pelo direito à destruição, pelo direito de assegurar às gerações futuras a possibilidade de ter alguma liberdade de ação.

Por último, o histórico de capas da revista Time retratando arquitetos ?o último arquiteto retratado na capa da Times foi Philip Johnson no final dos anos 70 – sugere que a relevância da profissão é inversamente proporcional à fama, numa espécie de contrato fatal que esvazia a importância do trabalho do arquiteto ao retirar-lhe toda a relevância social desde a emergência dos mercados de capital nos últimos 30 anos. Paradoxalmente, o mesmo período de glória para os arquitetos do Jet-set internacional.

Fig. 10: Rem Koolhaas apresentando a exposição do OMA. Foto: Bruno Santa Cecília, 2010.

Em meio a uma infinidade de propostas, instalações e mostras de projetos e obras de grande elaboração formal, desconectadas de problemas contemporâneos da cidade e da arquitetura, autorreferentes ou voltados para o passado, a presença de Koolhaas ?e sua premiação ?sinaliza uma saída possível, nem otimista nem catastrófica, mas crítica e conectada com as contradições do mundo contemporâneo. Um alívio para mostrar que o pensamento arquitetônico não está morto.

P.S.1. Momento singular da Bienal de Veneza, flagrado pela MDC: Paolo Portoghesi, ao visitar a exposição do OMA no Palazzo delle Esposizioni, corrige, com uma caneta vermelha, o texto de apresentação que citava seu texto “Presence of the Past? de 1980 [incorretamente citado como de 1981], como a última referência sobre o passado em Bienais.

P.S.2. Enquanto isso, no Pavilhão da Inglaterra, a questão da preservação e do tempo aparece de forma misteriosamente irônica numa curiosa sequência de bichos empalhados…

Fig. 11: Paolo Portoghesi corrige Koolhaas: momento singular flagrado pela MDC. Foto: Bruno Santa Cecília, 2010.

Fig. 12: Enquanto isso, no reino da Inglaterra...Foto: Carlos Alberto Maciel, 2010.

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Um olhar através da arquitetura

Habitação e Cidade
[inscrições até 22.02.2010]

Ambiente construído
[inscrições até 31.03.2010]

Geografia, cidade e arquitetura
[inscrições até 22.02.2010]

“Pues si estas dificultades nos entorpecen a nosotros, que somos de su esencia, no es difícil entender que los talentos racionales de este lado del mundo, extasiados en la contemplación de sus propias culturas, se hayan quedado sin un método válido para interpretarnos. Es comprensible que insistan en medirnos con la misma vara con que se miden a sí mismos, sin recordar que los estragos de la vida no son iguales para todos, y que la búsqueda de la identidad propia es tan ardua y sangrienta para nosotros como lo fué para ellos. La interpretación de nuestra realidad con esquemas ajenos sólo contribuye a hacernos cada vez más desconocidos, cada vez menos libres, cada vez más solitarios.?

Gabriel Garcia Marques

A América é uma massa continental formada por três placas tectônicas que definem suas porções norte, centro e sul. Uma unidade territorial natural formada somente há 1,5 milhões de anos quando a pequena placa centro-americana se soergueu juntando os dois antigos fragmentos. No entanto, só foi reconhecida como tal no século XVI, se tornando fato histórico. Sua descoberta transforma o mundo inexoravelmente. Ao mesmo tempo em que se inaugurava no plano do conhecimento essa unidade, a colonização dessas terras impôs um desmembramento geopolítico do território e sua ocupação, por meio da predação e do horror, dizimou uma população local de 80 milhões de pessoas em menos de um século. O maior massacre da história da humanidade. Como conseqüência, a escravidão e um território cindido. Por outro lado, vincula toda nossa história pós-colombiana à África.

O enfrentamento crítico desse fracionamento, tão evidente na linha vertical do Tratado de Tordesilhas, como na horizontal que divide atualmente a América Latina da America Anglo-Saxônica, se revela como fulcro de um raciocínio projetual contemporâneo, tendo em vista um futuro mais esperançoso das relações entre as nações das Américas e a transformação da natureza.

Com essa perspectiva, deveríamos imaginar a ocupação de um território onde a natureza não representasse mais uma ameaça, um obstáculo ao empreendimento, como foi vista pelo colonizador. A idéia de sustentação do planeta depende desse equilíbrio entre os recursos naturais e as cidades, cada vez mais eleitas como o habitat, por excelência, do homem. Lugar de permanência e flexibilidade. Como fato novo, a população mundial vive hoje predominantemente nas cidades, e as grandes metrópoles precisam ser estudadas com a urgência correspondente a esse fenômeno. Concentram, assim, as riquezas e mazelas.

Poderíamos ensaiar cidades que não dessem as costas a seus rios e que esses pudessem formar redes infra-estruturais de conexões associadas a ferrovias, rodovias, aeroportos. Ou seja, uma unidade territorial americana, pensada de dentro para fora, que respeite a história específica de cada país e seu povo, construída culturalmente, com todas as contradições e conflitos inerentes desse processo. Sabemos que são realidades muito diversas, fisicamente, culturalmente, materialmente. As desigualdades sociais de nossos povos (a riqueza de uns e pobreza de outros) refletem no âmbito continental, o que ocorre na maioria das grandes cidades das Américas. É nesse ambiente que devemos depositar nossos esforços, uma atitude crítica em face dessa realidade e nossa possível contribuição. O distinto como uma expressão includente, e não segregadora.

“Ante esta realidad sobrecogedora que a través de todo el tiempo humano debió de parecer una utopía, los inventores de fábulas que todo lo creemos nos sentimos con el derecho de creer que todavía no es demasiado tarde para emprender la creación de la utopía contraria. Una nueva y arrasadora utopía de la vida, donde nadie pueda decidir por otros hasta la forma de morir, donde de veras sea cierto el amor y sea posible la felicidad, y donde las estirpes condenadas a cien años de soledad tengan por fin y para siempre una segunda oportunidad sobre la tierra.?/p>

Gabriel Garcia Marques

O curso de especialização da Escola da Cidade oferecerá em 2010 três ciclos:

  • Habitação e Cidade
  • Ambiente construído
  • Geografia, cidade e arquitetura

GEOGRAFIA, CIDADE E ARQUITETURA

O curso se propõe apresentar um panorama crítico da construção das cidades no território americano.

Sua materialização através da arquitetura, como uma forma peculiar de conhecimento, onde se funde história, geografia, artes e técnica. Permite-nos raciocinar sobre as necessidades próprias de nossas realidades, relacionando-as às esferas culturais, sócio-econômicas e ambientais. Um esforço de compreensão de escalas diversas, locais a globais.

Assim, toma-se a produção científica, arquitetônica, literária, visual, musical, ou seja, cultural em sentido amplo, para se aprofundar o conhecimento sobre nossas aproximações e diversidades americanas.

Será dividido em quatro módulos que organizam, para os estudantes, reflexões projetuais em distintas escalas: território, cidade, espaços públicos e equipamentos. A infra-estrutura será o programa condutor dessas intervenções, que associadas às escalas de projeto irão discutir, respectivamente, as conexões, os vazios urbanos, os espaços de convivência e os nós.

Os módulos, bimestrais, definem as quatro regiões que serão discutidas como tema de trabalho, com a intenção de contínua rotatividade. O corpo de faculdades conveniadas à Escola da Cidade passa a ser colaboradora deste curso permanente: Canadá, EUA, México, Costa Rica, Cuba, Panamá, Venezuela, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil

Estrutura Geral do curso

Os módulos bimestrais serão organizados em três ciclos que abrangerão os seguintes conteúdos programados.

Historia e Cultura Americana ?apresentação e discussão das questões históricas e geopolíticas do país, além de um panorama geral da historia do continente americano (da America pré-colombiana ao momento atual)

Arte e Arquitetura Americana ?apresentação e discussão acerca da arquitetura histórica e contemporânea do país, somado a um panorama geral da arte americana.

Ateliê de Projeto ?dedicado ao desenvolvimento de um projeto no país em estudo a partir do tema estrutural do módulo.

Programa 2010-2012

Cada região/pais terá um professor colaborador co-responsável pelo curso. O aluno poderia se matricular a qualquer momento em qualquer modulo [desde que respeite o numero máximo de alunos], devendo cumprir no mínimo as 368 horas previstas.

Informações e Inscrições:

Secretaria da Escola da Cidade (www.escoladacidade.edu.br)

Telefone 55 11 32588108

Coordenadores:

Alvaro Puntoni [doutor FAUUSP, 2005]

Fernando Viégas [mestre FAUUSP, 2004]

Numero máximo de alunos [por módulo]:

60 alunos

Duração:

368 horas aula

Horário das aulas:

Segundas e terças-feiras, das 18:00hs às 22:00hs

Sábados (agendados conforme calendário), das 9:00hs às 13:00hs

Custo:

R$ 8.000,00 [800×10] por 4 módulos

Bolsas:

Até 20 mensalidades com 25% de desconto

Professores Externos:

12 professores externos [3 por módulo]

Professores confirmados:

Historia e Cultura Americana

Tereza Spyer, José Miguel Wisnik, Tales Ab?Saber, Pedro Puntoni, Lorenzo Mammì, Paulo Mendes da Rocha, Rodrigo Naves, Elisa Bracher, Cristiano Mascaro, Juan Carlos Chamorro [Chile], Fernando Aliata [Argentina], Humberto Ricalde [México]

Arte e Arquitetura Americana

Cauê Aves, Alexandre Delijaicov, Guilherme Wisnik, Pedro Sales, Regina Meyer, Marcos Acayaba, Pablo Saric [Chile], Graciela Silvestre [Argentina], Paloma Vero [México], Arcádio Vero [México],

Ateliê de Projeto

Milton Braga, Mario Figueroa, Antonio C Barossi, André Vainer, Angelo Bucci, Francisco Fanucci, Luciano Margotto, Marcelo Morettin, Fernando Viégas, Alvaro Puntoni, Paulo Henrique Paranhos, Ignácio Volante [Chile], Andrea Tapia [Argentina], Alberto Kalach [México].

Mais informações no site da Escola da Cidade.

]]> //puntoni.28ers.com/2010/01/23/especializacao-escola-da-cidade-civilizacao-america/feed/ 0 3778 Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2010/01/18/concurso-nacional-%e2%80%93-requalificacao-e-ampliacao-do-complexo-teatro-castro-alves-%e2%80%93-salvador-%e2%80%93-ba-resultado/ //puntoni.28ers.com/2010/01/18/concurso-nacional-%e2%80%93-requalificacao-e-ampliacao-do-complexo-teatro-castro-alves-%e2%80%93-salvador-%e2%80%93-ba-resultado/#respond Mon, 18 Jan 2010 13:17:53 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=3771 Continue lendo ]]>

Equipe paulista vence o concurso


Anunciado o resultado do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura e Complementares para a Requalificação e Ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, em Salvador. O concurso teve como objeto a requalificação e redistribuição dos espaços existentes, assim como a ampliação da estrutura física atual.  A área construída prevista será de 25.667,90 m2, sendo 17.451,90 m2  de áreas existentes a serem requalificadas ou redistribuídas e 8.216,00 m2 de áreas a serem construídas.

Houve 67 pré-inscrições e 40 inscritos, dos quais 18 entregaram os trabalhos. Os 18 trabalhos recebido foram provenientes da Bahia (6 trabalhos), São Paulo (8 trabalhos), Paraná (1), Minas Gerais (1), Santa Catarina (1) e Distrito Federal (1).

Clique aqui para acesso à “Ata dos trabalhos da Comissão Julgadora?/strong>.

Veja abaixo os premiados:

Clique nos links e imagens abaixo para acesso aos projetos completos.

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1° lugar

Autores: Arq. Lucas Fehr, Arq. Mario Figueroa, Arq. Guilherme Motta, Arq. Carlos Eduardo Garcia e Arq. Marcus Vinícius Damon

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2° lugar

Autores: Arq. Emerson José Vidigal, Arq. Dario Corrêa Durce, Arq. Eron Danilo Costin e Arq. Rodrigo V. Martins

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3° lugar

Autores: Arq. César Shundi Iwamizu, Arq. Acácia Furuya, Arq. Anderson Fabiano Freitas, Arq. Anita Rodrigues Freire, Arq. Carlos Augusto Ferrata, Arq. Elisa Sayaka Ito, Arq. Gleuson Pinheiro Silva, Arq. Júlio Cecchini, Arq. Luan Carone Martinelli, Arq. Mário Tavares Moura Filho, Arq. Pedro Armando de Barros, Arq. Pedro Ivo Freire

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4° lugar

Autores: Arq. Fernanda M. Palmieri, Arq. Eduardo Rocha Ferroni, Arq. Pablo Hereñú e Arq. José Paulo Gouveia

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5° lugar

Autores: Arq. Luciano Margotto Soares, Arq. Álvaro Puntoni, Arq. João Sodré, Arq. Jonathan Davies, Arq. Luís Cláudio Marques Dias e Arq. Flávio Castro

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Agradecemos aos autores dos projetos e à Coordenação do Concurso (IAB-BA) pela disponibilização das informações.

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2010/01/15/1%c2%ba-seminario-docomomo-mg/ //puntoni.28ers.com/2010/01/15/1%c2%ba-seminario-docomomo-mg/#respond Fri, 15 Jan 2010 05:14:20 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=3759 Continue lendo ]]>

Novo prazo para envio dos resumos [com novo formato]:
1 de março de 2010

1º. SEMINÁRIO DO.CO.MO.MO-MG
Arquitetura e Urbanismo Modernos em Minas Gerais:
novas fronteiras, novos cenários

Uberlândia, 21 a 24 de abril de 2010

Apresentação

A busca pelo ouro levou portugueses, em tempos coloniais, a seguir pelo interior afora, na ânsia de encontrar férteis jazidas e enriquecimento rápido. O enriquecimento não se tornou realidade para a grande maioria. Esta riqueza logo mostrou sua volatilidade no território da Colônia. Pouco dela, ou pouquíssimo, ficou para os povoados aí situados. No entanto, a participação na formação tardia de uma nacionalidade nessa extensa região dependeu basicamente dos laços culturais resultantes destas ações. Segundo García Canclini:

“Aquilo que se entende por cultura nacional muda de acordo com as épocas. Isto demonstra que, mesmo existindo suportes concretos e contínuos do que se concebe como nação (o território, a população e seus costumes etc.), em boa parte o que se considera como tal é uma construção imaginária.?(GARCÍA CANCLINI. O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional. Revista do PHAN, n. 23, p. 98, 1994)

Embora naquele remoto século XVIII, a formação de uma nacionalidade não fizesse parte dos objetivos daqueles obstinados bandeirantes ou daqueles aventureiros em busca de riqueza, a expansão do território nacional já estava sendo delineada. Partindo das capitanias do Rio de Janeiro ou de São Vicente, as bandeiras foram se embrenhando pelo interior desconhecido, deixando em seu rastro uma urbanização rarefeita, mas fixa por vários motivos. Inicialmente, a busca do ouro na região central do estado e mesmo na direção norte e oeste que lançou um rastro permanente; depois, a boa adaptação do café fez com que novas rotas auxiliadas pelos novos meios de transporte renovassem a área de ocupação. Com a industrialização, veio o apogeu de diversas regiões no estado. A própria República foi aí saudada com novos espaços, novas construções que modernizaram o Estado, deixando para trás o aspecto de Província.

Em tempos de modernidade, seja sob a ótica do governo de Getúlio Vargas ou aquela de Juscelino Kubitschek, estas distâncias passaram a ser diminuídas pela disseminação e divulgação de ideais modernos. A Rádio Nacional teve papel fundamental nesta difusão. Mais tarde, com o telefone e a televisão mais democratizados, além de outros aparatos, as ‘minas gerais?deixaram de ser uma referência ao passado e uma região importante no pensamento político nacional transformando-se em mais uma área no mapa mental de brasileiros como parte de sua nação. Contrapondo-se ao passado colonial, a modernidade de Pampulha fez com que essas comunidades antes consideradas isoladas passassem a fazer parte do corpo integrante da nação. A abertura para a atuação de jovens arquitetos cariocas em um território embora no interior mas totalmente promissor possibilitou a inclusão do estado de Minas Gerais na história da arquitetura moderna no Brasil, desde o seu alvorecer. Vale mencionar que, a partir dos anos 30, acrescida à intensa discussão dos problemas urbanos, a busca de uma linguagem moderna impõe-se à moderna Capital Mineira e se difunde pelas cidades do interior.

A esta altura, fazer parte da nação brasileira significava fazer parte também de uma modernidade artística, arquitetônica, literária, musical. O imaginário moderno não admitia barreiras geográficas. Aliás, há aí quase que um contra-senso: ser moderno pode ser visto como ser parte do mundo ?industrializado, cosmopolitizado, universalizado ?mesmo que características regionais sejam evidentes aqui e ali. A inclusão e a diversidade deveriam ser itens de um mesmo discurso. Primeiro no Conjunto da Pampulha ?uma área construída exclusivamente para a elite mineira que marcou com distinção a penetração do ideário moderno no âmbito da Arquitetura e do Urbanismo em Minas Gerais ?inclusive tendo servido como importante referencial para a população local que queria fazer parte, mesmo que no plano das idéias e das imagens, do mundo moderno: os telhados-borboleta já com o uso de lajes planas inclinadas, o uso de azulejos modernizados nas fachadas, as platibandas escondendo um telhado com materiais industrializados da produção nacional, as colunas mais esbeltas próprias da tecnologia do concreto, etc. Como cariátides do Mundo Moderno, o uso destas colunas é representativo da vontade comum de um pertencimento ao Brasil moderno.

E entre as cidades do século XX temos Brasília, cidade moderna que completa cinquenta anos em 2010 e que em 1989 teve seu Plano Piloto reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade preservando assim seu caráter moderno. A construção dessa cidade moderna iria influenciar e contribuir com o desenvolvimento das cidades do Triangulo Mineiro que se encontrava em posição geográfica privilegiada em relação a Brasília. A interiorização da capital da república foi um projeto que teve o apoio da cidade de Uberlândia e sua região, que serviram de posto de passagem para a nova capital, na época da construção há cinqüenta anos atrás, e se constituiu em fator fundamental para o crescimento local e regional.

A distância do litoral, a ocupação esparsa e tardia fruto de uma economia local, uma urbanização planejada em pontos estratégicos e a ocupação sistemática do território fizeram de Minas um projeto-piloto de uma possível e bem sucedida ocupação continental. Talvez compartilhe mesmo de certo caráter desenvolvimentista na configuração das cidades do século XX.

Teria este caráter auxiliado no desenvolvimento de uma arquitetura própria ou da arquitetura em si? À ocupação do território teria se irmanado a construção de um território da arquitetura e do urbanismo próprios dessas regiões? Que pesquisas vêm sendo feitas no sentido de se mapear esses novos territórios, ou de identificar os possíveis desenvolvimentos autóctones ocorridos nas cidades do estado mineiro?

Não só García Canclini acredita que a formação de uma nação depende de laços imaginários. Só uma língua materna e/ou oficial em comum não basta. É preciso ter algo mais e as várias formas de expressão são partes imprescindíveis do conjunto de elementos que formam uma cultura. E a arquitetura como expressão de um povo e de uma época pode ter um papel fundamental na formação destes laços.

Para tanto é que propomos o 1º. Seminário Docomomo Minas Gerais. As suas raízes históricas, fundadas em um mesmo propósito, suas semelhanças territoriais e geográficas na distância dos grandes centros do litoral do sudeste brasileiro, são motivos suficientes para esta proposta. Apresentamos assim a oportunidade de reunir profissionais arquitetos, engenheiros, historiadores, restauradores e pesquisadores para a discussão desse amplo acervo, ainda pouco conhecido e com tanto para ser divulgado e debatido.

Objetivo principal:

Apresentar e debater as ações de documentação e conservação do Patrimônio Cultural Moderno de Minas Gerais. A partir da apresentação de pesquisas e ações concluídas ou em andamento, avaliar o conjunto de medidas que vêm sendo feitas e propor novas providências no sentido de promover um debate regional, contínuo e ativo.

Sessões temáticas

1. Documentação ?inventário e análise histórica das obras

2. Conservação e Preservação ?intervenções de restauração; recuperação de documentação e abordagens sobre a conservação da arquitetura moderna nos cursos de Arquitetura e Urbanismo

3. Mestres e disseminadores do Modernismo ?trajetórias profissionais e acadêmicas

4. Ideário urbanístico ?propostas, realizações e intervenções

Público alvo:

Pretende-se reunir, com este evento, profissionais, pesquisadores, professores, estudantes de arquitetura e áreas afins, que vêem estudando a produção arquitetônica e o urbanismo de Minas Gerais. Em princípio, prevê-se um número em torno de 200 participantes, entre as várias categorias. Além de pessoas do meio acadêmico, o evento será aberto à participação de todos os profissionais da área de proteção do patrimônio histórico e artístico, sejam eles técnicos de instituições governamentais como o IPHAN e o IEPHA, mas também as secretarias e departamentos de prefeituras, de arquivos públicos e fundações privadas ou organizações não-governamentais com atuação comprovada na área.

Local: Campus da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais

Período: de 21 a 24 de abril de 2010

Atividades:

Palestras, mesas-redondas, sessões de comunicação de trabalhos, exposições, vídeos e lançamento de livros, visitas técnicas (obras de Lina Bo Bardi, Oswaldo Arthur Bratke e Jorge Coury em Uberlândia; Luís Signorelli, Francisco Bolonha, Roberto Burle Marx e Raphael Hardy Filho em Araxá, dentre outros).

Propostas de Mesas-Redondas:

  • Os arquitetos modernos mineiros ?a primeira geração (Sylvio de Vasconcellos, Eduardo Guimarães e João Jorge Coury)
  • O Urbanismo Moderno em MG ?principais interlocutores
  • Desafios da Preservação e da Conservação do acervo moderno mineiro ?os arquivos públicos e privados

Inscrições e taxas de pagamento:

Categorias e prazos até 01/03/2010 após 01/03/2010
Estudante de Graduação R$ 50,00 R$ 80,00
Estudante de Pós-Graduação R$ 150,00 R$ 180,00
Membro Docomomo R$ 150,00 R$ 180,00
Profissional R$ 200,00 R$ 250,00
Momo tour (Uberlândia e Araxá) os valores serão anunciados em um futuro breve

Brevemente estaremos informando a página do evento com mais detalhes sobre a programação e as formas de pagamento das inscrições.

Chamada de Trabalhos:

O Comitê Científico do 1º. Seminário DOCOMOMO Minas fará a seleção de trabalhos para comunicação oral e para painel. A seleção será feita em duas etapas. A primeira seleção deverá ser feita através do resumo expandido (máximo de 3.000 palavras, incluindo-se a bibliografia e as notas de pé-de-página) que deverá ser enviado até o dia 07 de fevereiro de 2010 (prazo adiado para 01 de março de 2010, ver calendário abaixo). A segunda etapa da seleção definirá a categoria de apresentação do trabalho (comunicação oral ou painel) e será feita por meio da análise do texto completo. Cada autor só poderá submeter um trabalho, como seu primeiro autor. O texto completo deverá ser organizado com a seguinte apresentação e conteúdo:

ARQUIVO 1:

Identificação[1] na primeira página

  • título principal do trabalho, fonte Arial 12 negrito, centralizado;
  • nome(s) do(s) autor (es), fonte Arial 11 normal, centralizado;
  • formação e filiação do(s) autor(es), Arial 10 normal, centralizado;
  • endereço para correspondência, incluindo telefone, fax e e-mail, Arial 10, centralizado;
  • endereço do Currículo Lattes.

Proposta de Trabalho nas páginas subseqüentes:

Segunda página:

  • Abstract (máximo de 300 palavras), fonte Arial 10 normal, espaçamento simples, e
  • Palavras-chave/keywords (máximo 3).

Terceira página em diante:

  • Resumo expandido (máximo de 3000 palavras, incluindo-se a bibliografia e notas de pé-de-página), fonte Arial 10 normal, espaçamento simples.

ARQUIVO 2:

Na primeira página:

  • Título do trabalho, fonte Arial 12 negrito.
  • Abstract (máximo de 300 palavras), fonte Arial 10 normal, espaçamento simples.
  • Palavras-chave/keywords (máximo 3).

Nas páginas subseqüentes:

  • Resumo expandido (máximo de 3000 palavras, incluindo-se a bibliografia e notas de pé-de-página), fonte Arial 10 normal, espaçamento simples.

Na segunda página e páginas subseqüentes (texto)

O corpo do texto deverá ser iniciado a partir da segunda página, obedecendo ao seguinte formato:

?Os trabalhos deverão ser apresentados em formato A4, Programa MSWord (versão 7 ou posterior);

?Todas as margens deverão ter 2 cm; parágrafo justificado, salvo quando indicado centralizado nas páginas iniciais;

?Título principal Arial 14 negrito, subtítulos Arial 12 negrito, corpo do texto Arial 11 normal, espaço entre linhas 1,5;

?O espaço entre parágrafos 6 pts depois, sem afastamento na primeira linha;

?O trabalho completo deverá ter até 6.000 (seis mil) palavras;

?As páginas deverão ser numeradas a partir da segunda página;

?As ilustrações deverão ser salvas em JPG e inseridas no texto próximas ao trecho a que se referem. Para não sobrecarregar o arquivo, recomenda-se que gráficos, figuras, fotos e qualquer arquivo gráfico, estejam inseridos no texto em padrão.JPG, resolução até 96 dpi. e que não excedam a 3Mb no total.

?Notas e referências em rodapé, fonte Arial 8 normal, parágrafo justificado;

?As citações que excederem 3 linhas deverão ser em itálico, Arial 11 com recuo esquerdo de 1cm;

?A numeração das figuras (Figura 1, por exemplo), seguida da legenda em corpo 10 normal, deve aparecer logo abaixo das mesmas, centralizado. Separar do texto as tabelas e figuras com 1 linha antes e depois;

?As referências bibliográficas deverão ser reunidas no final do artigo em uma relação única em ordem alfabética, de acordo com a NBR 6023:2002, com entre linhas simples, espaço de 6 pts antes e depois.

Exemplos:

BASTOS, Maria Alice Junqueira. Pós-Brasília: Rumos da arquitetura brasileira. São Paulo: Perspectiva/Fapesp, 2003.

LOUREIRO, Cláudia, AMORIM, Luiz. Por uma arquitetura social: a influência de Richard Neutra em prédios escolares no Brasil. São Paulo: Vitruvius, 2002. Disponível em www.vitruvius.com.br; acesso em 07 mai. 2005, 20:46:30.

REZENDE, Vera. Planos e regulação urbanística: a dimensão normativa das intervenções na cidade do Rio de Janeiro. In: Oliveira, Lúcia Lippi (Org.). Cidade: História e desafios. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002. p. 256-281.

RYKWERT, Joseph. Gêneros das colunas gregas: Origens míticas e históricas. Desígnio, São Paulo, n.2, p.55-66, setembro, 2004.

Prazos e Endereços para envio

Toda a comunicação deverá ser feita por e-mail. Dúvidas deverão ser encaminhadas para organizacaodocomomomg@gmail.com e as propostas de trabalhos deverão ser encaminhadas para 1seminariodocomomomg@gmail.com.

A seleção final dos trabalhos, conforme as categorias comunicação oral ou painel, será divulgada até o dia 15 de abril de 2010. O site do seminário será divulgado dentro em breve.

Novo Calendário

01 de março de 2010

Último prazo para envio de resumos expandidos (ver informações acima em ARQUIVO 1 e ARQUIVO 2, já modificadas).

01 de março de 2010

Último dia para inscrições com preços reduzidos

15 de março de 2010

Informe dos resumos aprovados.

31 de março de 2010

Prazo para envio de textos completos.

15 de abril de 2010

Informe da seleção final dos trabalhos.

21 de abril de 2010

Abertura do evento.

Comissão Organizadora

Maria Marta dos Santos Camisassa (UFV)

Maria Beatriz Camargo Cappello (UFU)

Fábio José Martins de Lima (UFJF)

Patrícia Pimenta Azevedo Ribeiro(UFU)

Maria Eliza Alves Guerra (UFU)

Luiz Carlos (Lu) de Laurentiz (UFU)

Marília Maria Brasileiro Teixeira Vale (UFU)

Luis Eduardo dos Santos Borda (UFU)

Denise Marques Bahia (PUC-Minas)

Comitê Científico (a confirmar)

Carlos Eduardo Dias Comas (UFRGS)

Danilo Matoso Macedo (Assembléia dos Deputados, Brasília)

Fábio José Martins de Lima (UFJF)

Fernando Lara (Universidade do Texas)

Maria Beatriz Camargo Cappello (UFU)

Maria Marta dos Santos Camisassa (UFV)

Marília Maria Brasileiro Teixeira Vale (UFU)

Patrícia Pimenta Azevedo Ribeiro (UFU)

Promoção:

Docomomo-Brasil

Docomomo-MG

Universidade Federal de Uberlândia

Universidade Federal de Juiz de Fora

Universidade Federal de Viçosa

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Apoio:

Portal Vitruvius

Revista MDC

Casa do Baile/Museu Histórico Abílio Barreto

IAB-MG; e IAB-MG/núcleo Uberlândia

Escola de Arquitetura/Universidade Federal de Minas Gerais


[1] Observação: a primeira página terá um arquivo à parte, para que seja de conhecimento apenas da Comissão Organizadora do evento, e não do Comitê Científico, preservando-se assim a autoria dos trabalhos.

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2010/01/12/concurso-nacional-de-ideias-%e2%80%93-plano-de-reordenamento-da-av-beira-mar-%e2%80%93-fortaleza-%e2%80%93-ce-resultado/ //puntoni.28ers.com/2010/01/12/concurso-nacional-de-ideias-%e2%80%93-plano-de-reordenamento-da-av-beira-mar-%e2%80%93-fortaleza-%e2%80%93-ce-resultado/#respond Tue, 12 Jan 2010 03:23:13 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=3698 Continue lendo ]]>

beira-mar-ceConcurso é vencido por equipe de Fortaleza

Anunciados os vencedores do Concurso para o Reordenamento da Av. Beira-Mar em Fortaleza, Ceará.  As propostas, segundo o edital, deveriam “valorizar o aproveitamento geral do espaço e o redirecionamento das soluções arquitetônicas, que deveriam estar voltadas ao bem-estar humano, preservação ambiental e também para o desenvolvimento das atividades turísticas, culturais, de esporte e lazer situadas na orla? Houve 78 pré-inscrições e 22 projetos entregues. Veja abaixo imagens dos projetos premiados (os projetos completos serão publicados à medida em que forem disponibilizados pelos autores).

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1º lugar

Ricardo Henrique Muratori de Menezes e equipe ?CE

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2º lugar

Alexandre Lacerda Landin/Architectus ?CE

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3º lugar

Baldonero Navarro Gomes/Nachtergaele Navarro Arquitetos Associados ?SP

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Fonte: IAB-CE

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2010/01/12/concurso-nacional-%e2%80%93-revitalizacao-do-calcadao-de-canoas-%e2%80%93-rs-resultado/ //puntoni.28ers.com/2010/01/12/concurso-nacional-%e2%80%93-revitalizacao-do-calcadao-de-canoas-%e2%80%93-rs-resultado/#respond Tue, 12 Jan 2010 03:08:15 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=3694 Continue lendo ]]>

Concurso foi vencido por Leonardo Mader

Em julho de 2009 foi anunciado o lançamento do Concurso para a Revitalização do Calçadão de Canoas, no Rio Grande do Sul, que teve como objeto ?segundo o edital ?a renovação do ambiente urbano, a recuperação da qualidade do acervo construído e a requalificação dos espaços públicos livres. O projeto deveria valorizar, em quantidade e qualidade, os espaços públicos destinados à circulação, acessibilidade, estar, lazer, cultura, especialmente em função dos fluxos de pedestres, incluindo tratamento paisagístico, bicicletários e sanitários, entre outros elementos do programa.

Veja abaixo os vencedores do concurso:

(os projetos serão publicados à medida em que forem disponibilizados pelos autores)

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1º Lugar

Leonardo Arnold Mader


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2º Lugar

Luciana Sudbrack Born


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3º Lugar

Eduardo Cavasotto


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4º Lugar

Ilka Maria Paraíso e Patrícia Santana


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Fontes: PiniWeb e Prefeitura de Canoas

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2009/11/12/concurso-nacional-requalificacao-e-ampliacao-do-complexo-teatro-castro-alves-salvador-ba/ //puntoni.28ers.com/2009/11/12/concurso-nacional-requalificacao-e-ampliacao-do-complexo-teatro-castro-alves-salvador-ba/#comments Thu, 12 Nov 2009 06:02:08 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=3679 Continue lendo ]]> Ir diretamente para a página do concursoInscrições até 7.12.2009
Entrega dos trabalhos até: 21.12.2009

Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura e Complementares para a Requalificação e Ampliação do Complexo Teatro Castro Alves

Objeto:

Conf. Edital ?Item 1.2:

O OBJETO do Concurso é o Anteprojeto de Arquitetura e Complementares para a Requalificação e Ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, que abrange:

1. A REQUALIFICAÇÃO de diversos espaços existentes, que receberão intervenções como modificação de revestimentos e atualizações técnicas e/ou equipamentos; os espaços requalificados serão repensados, preservando ou não o layout atual, porém sempre respeitando ao máximo os limites físicos espaciais preexistentes.

2. A REDISTRIBUIÇÃO de outros espaços preexistentes, cujos usos atuais deverão ser redistribuídos e/ou redimensionados, mudando ou não sua localização atual, de acordo com as necessidades indicadas.

3. A AMPLIAÇÃO da estrutura física atual do Complexo Teatro Castro Alves, através da criação de novos espaços que abrigarão novos usos e usos atualmente abrigados no edifício existente.

Área de construção:

A área construída máxima do projeto deve ser de até 25.667,90 m2 (vinte e cinco mil, seiscentos e sessenta e sete vírgula noventa metros quadrados), sendo 17.451,90 m2 (dezessete mil, quatrocentos e cinqüenta e um vírgula noventa metros quadrados) de áreas existentes a serem requalificadas ou redistribuídas e 8.216,00 m2 (oito mil, duzentos e dezesseis metros quadrados) de áreas a serem construídas.

Local: Salvador ?Bahia

Tipo de Concurso: aberto, nacional, de anteprojetos, em uma etapa.

Promoção: Fundação Cultural do Estado da Bahia ?FUNCEB

Organização: Instituto de Arquitetos do Brasil ?Departamento da Bahia ?IAB-BA

Quem pode participar:

Arquitetos, registrados no CREA, residentes e domiciliados no Brasil.

Cronograma:

Divulgação e inscrições: de 03/11/2009 a 07/12/2009

Consultas e esclarecimentos: de 04/11/2009 a 07/12/2009

Entrega dos trabalhos: até 21/12/2009

Julgamento dos trabalhos: de 04/01/2010 a 09/01/2010

Divulgação do resultado: em 11/01/2010

Prazo para interposição de recursos: de 12/01/2010 a 18/01/2010

Julgamento dos recursos: de 19/01/2010 a 25/01/2010

Homologação do resultado: em 26/01/2010

Prêmios:

Primeiro classificado: R$ 60.000,00 (sessenta mil reais)

Segundo classificado: R$ 30.000,00 (trinta mil reais)

Terceiro classificado: R$ 20.000,00 (vinte mil reais)

Quarto classificado: R$ 15.000,00 (quinze mil reais)

Quinto classificado: R$ 10.000,00 (dez mil reais)

Para mais informações acesse aqui a página oficial do concurso.

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Os interessados devem consultar diretamente a coordenação do concurso para eventuais atualizações e alterações relativas ao concurso anunciado.

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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Not铆cias – mdc . revista de arquitetura e urbanismo //puntoni.28ers.com/2009/10/18/concurso-internacional-%e2%80%93-parque-de-valdebebas-%e2%80%93-madri-%e2%80%93-espanha-resultado/ //puntoni.28ers.com/2009/10/18/concurso-internacional-%e2%80%93-parque-de-valdebebas-%e2%80%93-madri-%e2%80%93-espanha-resultado/#respond Sun, 18 Oct 2009 05:08:44 +0000 //puntoni.28ers.com/?p=3623 Continue lendo ]]> valdebebasPortugueses vencem o concurso

Em março.2009 anunciamos na revista mdc o concurso internacional de paisagismo para o Parque de Valdebebas, em Madri ?Espanha. Segundo as informações dos promotores do concurso, o Parque de Valdebebas é o maior projeto urbanístico da história de Madri, que surge a partir da reordenação da região norte da capital, cuja superfície engloba mais de 10,6 milhões m2. O parque está situado em região privilegiada, a apenas 10 min dsa Plaza Castilla e a 5 min do Aeroporto Barajas. O objetivo do concurso foi selecionar uma equipe multidisciplinar para o ordenamento e o desenho de um novo parque urbano, como parte do Parque de Valdebebas, com aproximadamente 80 hectares. A proposta deveria resolver as conexões e a transição entre a nova cidade e o grande parque florestal, assim como adequar o uso à escala do parque, além de aproveitar o seu grande potencial paisagístico, urbanístico, ambiental e social.

Publicamos a seguir os projetos premiados:

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1º lugar ?“Sol y sombra?/em>
 João Ferreira Nunes (PROAP), Carlos Infantes (Id-OPERA), Bet Figueras ?Portugal.

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2º lugar ?“el salón de valdebebas?/em>
Jerónimo Junquera García del Diestro (Junquera Arquitectos), Teresa Galí Izard e Jordi Nebot Roca ?Espanha

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3º lugar ?“los jardines de valdebebas?/em>
Guido Hager (Hager International), Patrick Altermatt e Pascal Posset ?Suiça


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Veja na página oficial do concurso os demais projetos finalistas, menções e participantes.

Fonte: //www.concursoparquedevaldebebas.com

[Esta notícia é uma parceria com o portal concursosdeprojeto.org]

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