11 minutos<\/div>\n\n\n

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Sede para uma F\u00e1brica de Blocos (texto fornecido pelos autores)<\/h3>\n\n\n\n
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12.000 blocos. 75m\u00b2 de \u00e1rea \u00fatil. 75m\u00b2 de paredes.<\/em><\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: V\u00c3O (fotos da obra) + Rafaela Netto<\/p>\n\n\n\n
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A urg\u00eancia de abertura do espa\u00e7o, o baixo or\u00e7amento dispon\u00edvel e o terreno alugado eram fatores que impediam uma constru\u00e7\u00e3o convencional para a sede desta f\u00e1brica de blocos de concreto em Avar\u00e9, interior de S\u00e3o Paulo. Diante deste contexto, os s\u00f3cios passaram a cogitar a compra de um container, contudo, n\u00e3o nos parecia coerente que o futuro espa\u00e7o de escrit\u00f3rio e showroom da f\u00e1brica n\u00e3o empregasse o material por ela produzido.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: Rafaela Netto + V\u00c3O (fotos da obra)<\/p>\n\n\n\n
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Foi durante uma das visitas ao galp\u00e3o, observando o sistema de armazenamento e transporte dos blocos em pilhas apoiadas sobre pallets, que ocorreu a ideia de construir sem a utiliza\u00e7\u00e3o de argamassa. Desta forma a obra seria transformada em uma r\u00e1pida montagem e o material poderia ser totalmente reutilizado no caso de uma mudan\u00e7a de endere\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: Rafaela Netto<\/p>\n\n\n\n
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Como a quantidade de blocos n\u00e3o era um problema, a estabilidade seria garantida pelo aumento significativo da espessura das paredes, transformando-as em verdadeiras muralhas de blocos aparelhados^{1<\/sup>. <\/p>\n\n\n\n}
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Fotografias: V\u00c3O<\/p>\n\n\n\n
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Diagrama de organiza\u00e7\u00e3o dos blocos + possibilidades de montagem\/desmontagem<\/p>\n\n\n\n
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A partir de ent\u00e3o as rela\u00e7\u00f5es entre altura, peso e superf\u00edcie de contato dos empilhamentos passaram a ser exploradas tanto no projeto como em prot\u00f3tipos no canteiro de obra, resultando em duas configura\u00e7\u00f5es de aparelhos: paredes longitudinais com 0,6m de largura e paredes transversais com 1,20m de largura.<\/p>\n\n\n\n
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Planta + Sequ\u00eancia construtiva<\/p>\n\n\n\n
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De certo modo, o sistema construtivo desenvolvido faz uma alus\u00e3o \u00e0s antigas constru\u00e7\u00f5es megal\u00edticas, antecessoras \u00e0 inven\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias aglutinadoras, que tinham a for\u00e7a da gravidade como principal elemento estabilizador. Para nivelar e travar verticalmente essas muralhas a l\u00f3gica do sistema observado na visita foi reproduzida na obra, substituindo os pallets por lajes a cada seis fiadas. <\/p>\n\n\n\n
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Lajes a cada seis fiadas<\/em>
Fotografias: Rafaela Netto<\/p>\n<\/div>
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Tanto nas lajes intermedi\u00e1rias quanto na cobertura, os trilhos pr\u00e9-moldados foram justapostos sem a coloca\u00e7\u00e3o das usuais lajotas cer\u00e2micas, ou seja, o espa\u00e7o de ar que seria gerado por elas foi preenchido pelo concreto, aumentando significativamente o peso das lajes a fim de auxiliar no travamento das largas muralhas de blocos.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: Rafaela Netto + Eleva\u00e7\u00f5es frontal e lateral + Cortes longitudinal e transversal<\/p>\n\n\n\n
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1- Aparelhos s\u00e3o formas de encaixes dos blocos intercalados em sentidos diferentes para obter uma boa amarra\u00e7\u00e3o das paredes.<\/p>\n\n\n\n
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Sobre o projeto: Entrevista exclusiva para MDC.<\/em><\/h3>\n\n\n\n
por Anna Juni, Enk te Winkel, Gustavo Delonero (V\u00c3O)<\/p>\n\n\n\n
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MDC<\/em> <\/strong>– Como voc\u00eas contextualizam essa obra no conjunto de toda a sua produ\u00e7\u00e3o?<\/em>

V\u00c3O <\/strong>– Quando projetamos raramente pensamos no fim, ou na n\u00e3o exist\u00eancia da constru\u00e7\u00e3o que desejamos realizar. A Sede para uma F\u00e1brica de Blocos se difere por ser a \u00fanica obra n\u00e3o-ef\u00eamera de nossa produ\u00e7\u00e3o que projeta um ciclo, ou seja, que o pensamento considera tanto a constru\u00e7\u00e3o quanto a sua iminente desmontagem, assim como a reutiliza\u00e7\u00e3o do material quando o terreno n\u00e3o for mais alugado pelos clientes.

Outra considera\u00e7\u00e3o sobre essa obra \u00e9 que talvez ela seja o exemplo mais claro e direto a ser dado quando nos questionam sobre como o contato com as artes pl\u00e1sticas reverbera em nosso trabalho de arquitetura.

As aproxima\u00e7\u00f5es com artistas, atrav\u00e9s do trabalho de assist\u00eancia, trouxeram para n\u00f3s uma entrega conceitual ao modo de pensar o projeto; uma abertura interpretativa, que suscita quest\u00f5es an\u00e1logas em outros processos de uma natureza que n\u00e3o a da nossa forma\u00e7\u00e3o. N\u00e3o fosse essa influ\u00eancia, talvez n\u00e3o tiv\u00e9ssemos nos afastado de algumas automatiza\u00e7\u00f5es do pensamento acerca do uso dos materiais, e talvez n\u00e3o nos tiv\u00e9ssemos proposto ao exerc\u00edcio de unir blocos de concreto sem qualquer subst\u00e2ncia aglutinadora.

Um segundo olhar para os blocos, sob uma outra perspectiva construtiva, resultou em uma experimenta\u00e7\u00e3o que expande a convencionalidade do uso do material no campo da arquitetura.

MDC<\/em> <\/strong>– Como foi o mecanismo de contrata\u00e7\u00e3o do projeto?<\/em>

V\u00c3O<\/strong><\/strong> <\/strong>– A f\u00e1brica de blocos era rec\u00e9m-inaugurada em Avar\u00e9, interior de S\u00e3o Paulo, quando uma pequena incorporadora local nos encomendou o desenvolvimento de um projeto de uma casa para investimento.

Optamos por realizar esse projeto, chamado de Casa sem dono n\u00ba 02, em blocos de concreto aparente \u2013 o que era, e ainda \u00e9, bastante inusual para a cidade. Os s\u00f3cios da f\u00e1brica acabaram por visitar a obra e ficaram felizes de ver o projeto que evidenciava o material em sua forma natural, sem reboco. Logo ap\u00f3s a visita eles nos contactaram com a proposta de realizar a sede de um escrit\u00f3rio e showroom para a sua f\u00e1brica.

MDC<\/em> <\/strong>– Como foi a fase de concep\u00e7\u00e3o do projeto? Houve grandes inflex\u00f5es conceituais? Voc\u00eas destacariam algum momento significativo do processo?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– Como j\u00e1 mencionado no memorial apresentamos dois projetos nesse processo, sendo o primeiro deles uma constru\u00e7\u00e3o tradicional em blocos de concreto aparente. Essa vers\u00e3o foi vetada pela necessidade de r\u00e1pida execu\u00e7\u00e3o, pelo baixo or\u00e7amento dispon\u00edvel e o problema de investir uma grande quantia em um terreno alugado.

Apesar de desapontados com a reuni\u00e3o, e com a resolu\u00e7\u00e3o dos clientes de comprar um container para realizar a sede, n\u00e3o desistimos do projeto. Assim surgiu a ideia de construir sem argamassa, utilizando apenas o peso do material e a for\u00e7a da gravidade como elementos estruturantes. Diante a garantia de uma r\u00e1pida montagem, e da reutiliza\u00e7\u00e3o de praticamente todo o material no caso de uma mudan\u00e7a futura, n\u00e3o houve uma segunda negativa.

Essa grande e for\u00e7ada inflex\u00e3o conceitual foi o que nos levou ao projeto tal qual ele \u00e9 hoje. Todavia, n\u00e3o fossem as adversidades de tempo e or\u00e7amento muito provavelmente ter\u00edamos constru\u00eddo um bom, por\u00e9m convencional, projeto de blocos de concreto aparentes, sem a inventividade estrutural que nos levou \u00e0 solu\u00e7\u00e3o final.

MDC<\/em> <\/strong>– Nas etapas de desenvolvimento executivo e elabora\u00e7\u00e3o de projetos de engenharia houve participa\u00e7\u00e3o ativa dos autores? Houve varia\u00e7\u00f5es de projeto decorrentes da interlocu\u00e7\u00e3o com esses outros atores que modificaram as solu\u00e7\u00f5es originais? Se sim, podem comentar as mais importantes?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– A estrutura da Sede para uma F\u00e1brica de Blocos foi desenvolvida de maneira muito emp\u00edrica por n\u00f3s, pois n\u00e3o havia or\u00e7amento dispon\u00edvel para a contrata\u00e7\u00e3o de um projeto de engenharia.

Fizemos apenas uma reuni\u00e3o informal de consultoria com um parceiro engenheiro a partir da ideia do empilhamento e aparelhamento dos blocos. Na conversa nos asseguramos que esse seria um caminho poss\u00edvel e, a partir de ent\u00e3o, come\u00e7amos a realizar alguns ensaios no local da obra. Foi atrav\u00e9s desses ensaios em escala 1:1, com o pr\u00f3prio material, que chegamos nas configura\u00e7\u00f5es finais das paredes com 0,6 e 1,2m de espessura.

Podemos dizer que na Sede para uma F\u00e1brica de Blocos a cria\u00e7\u00e3o de um novo sistema estrutural, ou de uma maneira n\u00e3o-convencional de empregar o material, antecedeu e norteou o desenvolvimento da arquitetura.

Todavia, vale destacar que buscamos sempre uma conflu\u00eancia entre o pensamento estrutural e espacial ao longo dos nossos processos. Isto \u00e9, h\u00e1 uma aten\u00e7\u00e3o em eleger tecnologias de constru\u00e7\u00e3o que estejam conectadas intrinsicamente \u00e0 arquitetura, construindo conjuntamente as suas espacialidades. E a cada trabalho nos mantemos atentos n\u00e3o apenas \u00e0s viabiliza\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas de estruturar os projetos, mas tamb\u00e9m \u00e0 economia de meios e recursos, fazendo essas escolhas com discernimento e coer\u00eancia em rela\u00e7\u00e3o aos seus contextos.

MDC <\/strong>– Os autores dos projetos tiveram participa\u00e7\u00e3o no processo de constru\u00e7\u00e3o\/implementa\u00e7\u00e3o da obra?<\/em> Se sim, quais os momentos decisivos dessa participa\u00e7\u00e3o?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– Como levantado na pergunta anterior, as investiga\u00e7\u00f5es acerca de altura, espessura, peso e estabilidade dos empilhamentos foram elaboradas n\u00e3o somente na fase de projeto como tamb\u00e9m no canteiro de obra.

Para al\u00e9m disso acreditamos que o processo de participa\u00e7\u00e3o e acompanhamento da equipe de arquitetura na obra \u00e9 imprescind\u00edvel para o bom andamento da constru\u00e7\u00e3o. Esse \u00e9 o momento no qual verificamos as materializa\u00e7\u00f5es das ideias, tiramos d\u00favidas, e principalmente, um dos momentos de maior aprendizagem com as equipes. N\u00e3o raro alteramos os projetos a partir de quest\u00f5es e sugest\u00f5es colocadas pelos construtores e fornecedores no decorrer dos processos.

Na Sede para uma F\u00e1brica de Blocos n\u00e3o foi diferente, nos fizemos presentes em todas as fases da obra. O que a difere das demais, no entanto, \u00e9 que essa foi uma obra muito r\u00e1pida e consequentemente com muito menos revis\u00f5es em momentos decisivos.

MDC <\/strong>– Voc\u00eas destacariam algum fato relevante da vida do edif\u00edcio\/espa\u00e7o livre ap\u00f3s a sua constru\u00e7\u00e3o?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– Ao voltar ao local, ap\u00f3s alguns anos da finaliza\u00e7\u00e3o de sua constru\u00e7\u00e3o, tivemos uma grata surpresa: em um movimento entr\u00f3pico, as heras dos canteiros externos invadiram o espa\u00e7o interno, tomando todo o teto e parte das muralhas. Isso n\u00e3o havia sido planejado. Imagin\u00e1vamos, \u00e9 claro, que elas fossem crescer nas fachadas externas, mas nunca que fossem encontrar nos pequenos v\u00e3os entre os blocos, onde a argamassa encontra-se ausente, um caminho para essa ocupa\u00e7\u00e3o inesperada do lugar. Felizmente essa surpresa foi celebrada pelos clientes e as heras foram mantidas no conv\u00edvio espacial.

MDC <\/strong>– Se esse mesmo problema de projeto chegasse hoje a suas m\u00e3os, fariam algo diferente?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– N\u00e3o acreditamos em solu\u00e7\u00f5es ideais e encerradas ou em caminhos exclusivamente certos ou errados \u2013 nossa produ\u00e7\u00e3o difere-se muito entre si, de maneira geral.

As ideias que constroem cada projeto encontram-se atreladas a um recorte temporal de nossas vidas e consequentemente, de nossos interesses e pesquisas naquele momento espec\u00edfico. E quando constru\u00edmos estamos materializando as ideias e pesquisas que alimentaram esse tempo.

Dito isso, talvez poder\u00edamos pensar que quanto maior a dist\u00e2ncia temporal maior seria a dist\u00e2ncia entre o que fizemos e o que far\u00edamos. Contudo, o frescor da finaliza\u00e7\u00e3o de uma obra tamb\u00e9m pode acentuar as vontades de mudan\u00e7a na concretiza\u00e7\u00e3o de ideias que n\u00e3o funcionaram como o esperado.

Olhando para a Sede para uma F\u00e1brica de Blocos hoje consideramos apropriada a maneira como conceitualmente respondemos \u00e0s quest\u00f5es de tempo e custo que culminaram em um novo sistema construtivo. Nesse sentido \u00e9 prov\u00e1vel que seguir\u00edamos a mesma solu\u00e7\u00e3o conceitual-estrutural, mas talvez mud\u00e1ssemos algumas das solu\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas, certamente influenciados pelo contexto atual de nossa pesquisa e pelos aprendizados que tivemos desde ent\u00e3o.

MDC <\/strong>– Como voc\u00eas contextualizam essa obra no panorama da arquitetura contempor\u00e2nea do seu pa\u00eds?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– Entendemos todo projeto como uma pequena e eventual oportunidade de contribuir para o debate e o fazer coletivo da arquitetura. Acreditamos que a maior contribui\u00e7\u00e3o da Sede para uma F\u00e1brica de Blocos para esse debate seja o sistema construtivo desenvolvido que, por n\u00e3o empregar argamassa, possibilita o reuso dos blocos de concreto.

Apesar desse sistema ter sido desenvolvido especificamente para essa obra, ele se insere em um debate urgente, contempor\u00e2neo e global que \u00e9 projetar pensando nos ciclos das obras e os consequentes destinos dos seus materiais.

Para al\u00e9m disso essa obra versa sobre como o que a princ\u00edpio \u00e9 um empecilho para o desenvolvimento do projeto pode vir a se transformar em uma oportunidade de lan\u00e7ar um segundo olhar para aquilo que j\u00e1 \u00e9 conhecido, e a partir dele abrir outros caminhos poss\u00edveis.

MDC <\/strong>– H\u00e1 algo relativo ao projeto e ao processo que gostariam de acrescentar e que n\u00e3o foi contemplado pelas perguntas anteriores?<\/em>

V\u00c3O<\/strong> <\/strong>– Apesar de toda simplicidade formal, do programa comercial e de pequena escala, a Sede para uma F\u00e1brica de Blocos tem sido um dos projetos mais importantes de nossa trajet\u00f3ria. Dentre as participa\u00e7\u00f5es em exposi\u00e7\u00f5es e pr\u00eamios que ele nos proporcionou podemos destacar o Pr\u00eamio D\u00e9but da Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2022 intitulada Terra<\/em><\/strong>.

O eixo tem\u00e1tico no qual nosso projeto foi inserido chamava-se Ciclos <\/strong><\/em>e discutia como a arquitetura pode repensar e atuar efetivamente nos fluxos c\u00edclicos e nos processos de transforma\u00e7\u00e3o e redistribui\u00e7\u00e3o da mat\u00e9ria.

Vivenciar essa Trienal foi um momento muito transformador para n\u00f3s. Seis anos ap\u00f3s a conclus\u00e3o do projeto tivemos a oportunidade de revisit\u00e1-lo conceitualmente atrav\u00e9s de um debate coletivo, estabelecido pela curadoria e pelos trabalhos de nossos colegas.

Ao citar esse evento n\u00e3o temos o intuito de evidenciar o pr\u00eamio, mas sim de perceber como as ideias podem seguir reverberando e proporcionando novas aprendizagens dentro de um contexto coletivo.<\/p>\n\n\n\n
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projeto executivo<\/h3>\n\n\n\n
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EXECUTIVO COMPLETO<\/strong>

3 pranchas (pdf).
1,72mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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ficha t\u00e9cnica do projeto<\/h3>\n\n\n\n
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Local: <\/strong>Avar\u00e9 – SP
Ano de projeto:<\/strong> 2015
Ano de conclus\u00e3o:<\/strong> 2016
\u00c1rea constru\u00edda:<\/strong> 150m\u00b2
Autores:<\/strong> Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero
Colabora\u00e7\u00e3o:<\/strong> Andr\u00e9 Nunes

Consultoria Estrutural:<\/strong> Reyolando Brasil (consultoria estrutural)
Constru\u00e7\u00e3o: <\/strong>Equipe Blocos Tr\u00f3ia
<\/strong>

Fotos:<\/strong> V\u00e3o (processo); Rafaela Netto (finais)
Contato:<\/strong> contato@vao.arq.br

Premia\u00e7\u00f5es:<\/strong>
Integrante do Pr\u00eamio de Arquitetura Akzonobel Instituto Tomie Ohtake (2018);
1\u00ba Pr\u00eamio \u2013 Premia\u00e7\u00e3o IAB-SP 75 anos \u2013 Categoria Industrial (2018);
Pr\u00eamio D\u00e9but \u2013 Trienal de Arquitetura de Lisboa (2022).<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n\n\n\n
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colabora\u00e7\u00e3o editorial<\/h3>\n\n\n\n
Renan Maia<\/mark><\/a><\/p>\n\n\n\n
deseja citar esse post?<\/h3>\n\n\n\n
JUNI, Ana. WINKEL, Enk te. DELONERO, Gustavo. “Sede para uma F\u00e1brica de Blocos”. MDC: M\u00ednimo Denominador Comum<\/strong>, Belo Horizonte, s.n., dez-2023. Dispon\u00edvel em http:\/\/www.puntoni.28ers.com\/2023\/12\/13\/sede-para-uma-fabrica-de-blocos<\/a>. Acesso em: [incluir data do acesso].<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n\n\n\n
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Sede para uma F\u00e1brica de Blocos (texto fornecido pelos autores)<\/h3>\n\n\n\n<\/div>\n\n\n\n12.000 blocos. 75m\u00b2 de \u00e1rea \u00fatil. 75m\u00b2 de paredes.<\/em><\/p>\n\n\n\n

projeto executivo<\/h3>\n\n\n\n<\/div>\n\n\n\n<\/a><\/figure>\nEXECUTIVO COMPLETO<\/strong>3 pranchas (pdf).1,72mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n

colabora\u00e7\u00e3o editorial<\/h3>\n\n\n\nRenan Maia<\/mark><\/a><\/p>\n\n\n\n

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Renan Maia<\/mark><\/a><\/p>\n\n\n\n