{"id":1468,"date":"2009-01-19T00:47:30","date_gmt":"2009-01-19T02:47:30","guid":{"rendered":"http:\/\/puntoni.28ers.com\/?p=1468"},"modified":"2009-03-01T12:07:47","modified_gmt":"2009-03-01T15:07:47","slug":"deixar-de-pensar-no-estilo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/2009\/01\/19\/deixar-de-pensar-no-estilo\/","title":{"rendered":"Deixar de pensar no estilo"},"content":{"rendered":"
<\/a><\/a><\/p>\n Danilo Matoso Macedo<\/p>\n<\/div>\n Para que a nossa arquitetura tenha seu cunho original, como o tem as nossas m\u00e1quinas, o arquiteto moderno deve n\u00e3o somente deixar de copiar os velhos estilos, como tamb\u00e9m deixar de pensar no estilo<\/strong>. O car\u00e1ter da nossa arquitetura, como das outras artes, n\u00e3o pode ser propriamente em estilo para n\u00f3s, os contempor\u00e2neos, mas sim para as gera\u00e7\u00f5es que nos suceder\u00e3o. A nossa arquitetura deve ser apenas racional, deve basear-se apenas na l\u00f3gica e esta l\u00f3gica devemos op\u00f4-la aos que est\u00e3o procurando por for\u00e7a imitar na constru\u00e7\u00e3o algum estilo.<\/p>\n<\/blockquote>\n Gregori Warchavchik[2]<\/a><\/p>\n Pode-se dizer que h\u00e1 cem anos almejou-se p\u00f4r fim \u00e0 rela\u00e7\u00e3o de depend\u00eancia que a arquitetura tinha para com os estilos art\u00edsticos e para com os sistemas simb\u00f3licos deles derivados. Dentre todas as tentativas daqueles grupos mais ou menos articulados no ocidente talvez nenhuma tenha fracassado t\u00e3o retumbantemente quanto esta, enunciada em praticamente todos os manifestos de ent\u00e3o considerados modernos<\/em>. De fato, n\u00e3o apenas persistiram os estilos hist\u00f3ricos, como outros estilos foram criados a despeito e, sobretudo, a partir da pr\u00e1tica daqueles arquitetos. Em que pese a queixa de Anatole Kopp,[3]<\/a> a Arquitetura Moderna nunca deixou de tratar dos estilos: ao contr\u00e1rio, refor\u00e7ou neles o foco do discurso arquitet\u00f4nico.<\/p>\n Mais que criar um novo estilo, no Brasil, o discurso moderno esteve fortemente ligado \u00e0 legitimidade da pr\u00e1tica profissional – “no nosso caso, da d\u00e9cada de quarenta em diante – <\/em>Arquitetura \u00e9 <\/em>Arquitetura Moderna. Se n\u00e3o \u00e9 <\/em>Arquitetura Moderna n\u00e3o \u00e9 <\/em>Arquitetura, <\/em>tout court.”[4]<\/a> N\u00e3o bastasse a hegemonia do estilo moderno no Brasil, seu questionamento, a partir da d\u00e9cada de 1960, exacerbou justamente os aspectos relacionados \u00e0s fei\u00e7\u00f5es externas das constru\u00e7\u00f5es. Parecia n\u00e3o haver escapat\u00f3ria: a pr\u00e1tica de Arquitetura Moderna ou P\u00f3s-moderna era simplesmente uma quest\u00e3o de estilo.<\/p>\n
\n[1]<\/a><\/p>\n\n
a ilus\u00e3o da arquitetura sem estilo<\/em><\/h3>\n