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Est\u00fadio Madalena (texto fornecido pelos autores)<\/h3>\n\n\n\n
A inten\u00e7\u00e3o principal do projeto foi criar uma pra\u00e7a no t\u00e9rreo, conformada pela extens\u00e3o do passeio p\u00fablico e preservando a vista para a paisagem existente: em um primeiro plano, composta por casas de at\u00e9 dois andares, e, ao fundo, pr\u00e9dios altos marcando a ocupa\u00e7\u00e3o caracter\u00edstica do bairro de Pinheiros. Tirando proveito da topografia original do terreno, essa pra\u00e7a-belvedere reafirma a voca\u00e7\u00e3o do bairro da Vila Madalena como \u201cpossuidora\/provedora\u201d de diversas situa\u00e7\u00f5es de promenade<\/em>, capazes de surpreender os pedestres que por ali circulam.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografia: Leonardo Finotti<\/p>\n\n\n\n
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O programa que nos foi exigido pelo cliente contemplava dois programas completamente distintos: um espa\u00e7o destinado \u00e0 moradia e outro ao trabalho. Como n\u00e3o havia uma predefini\u00e7\u00e3o desses espa\u00e7os, tivemos a oportunidade de nos apropriar do terreno em sua capacidade m\u00e1xima permitida pela legisla\u00e7\u00e3o. Portanto, o edif\u00edcio se desenvolve em dois volumes independentes para baixo e para cima da pra\u00e7a, cada qual com fun\u00e7\u00f5es totalmente distintas, e mantendo a cota da rua desimpedida, livre de quaisquer obst\u00e1culos.<\/p>\n\n\n\n
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Implanta\u00e7\u00e3o metropolitana, Implanta\u00e7\u00e3o local e Plantas por n\u00edvel de projeto.<\/p>\n\n\n\n
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O terreno originalmente apresentava uma declividade acentuada e, a fim de permitir a integra\u00e7\u00e3o de seu t\u00e9rreo com o passeio p\u00fablico, foi proposto um embasamento constru\u00eddo que reconfigura a topografia. Por estar abaixo do n\u00edvel da rua, pode se ocupar o m\u00e1ximo da largura (per\u00edmetro) do lote, respeitando os recuos necess\u00e1rios. Esse embasamento se organiza em dois espa\u00e7os em um mesmo n\u00edvel, interligados por p\u00e1tios que acompanham o desn\u00edvel do terreno.

A circula\u00e7\u00e3o vertical est\u00e1 estrategicamente instalada em uma das laterais da edifica\u00e7\u00e3o: um elemento capaz de transitar entre duas situa\u00e7\u00f5es opostas sem obstruir o vazio externo ou os espa\u00e7os constru\u00eddos internamente. Suspenso por pilotis, o segundo volume \u00e9 composto por dois pavimentos com plantas livres \u2013 caracter\u00edstica comum a todo o projeto \u2013 provendo flexibilidade na apropria\u00e7\u00e3o pelos espa\u00e7os aos usu\u00e1rios.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: Leonardo Finotti e Cortes longitudinais e transversais<\/p>\n\n\n\n
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A constru\u00e7\u00e3o teve o or\u00e7amento dispon\u00edvel como premissa principal. Para tanto, seguiu-se o m\u00e9todo construtivo de uma obra anterior do escrit\u00f3rio no mesmo bairro: o Bar Mundial foi constru\u00eddo em estrutura met\u00e1lica e pain\u00e9is de concreto pr\u00e9-fabricados, o que acelerou o tempo de execu\u00e7\u00e3o da obra. Esse sistema de pr\u00e9-fabrica\u00e7\u00e3o com elementos de concreto foi desenvolvido pelo escrit\u00f3rio com o intuito de subverter o uso de um material largamente empregado no Brasil. Frequentemente utilizados para a concretagem de lajes maci\u00e7as, os pain\u00e9is s\u00e3o aqui utilizados na veda\u00e7\u00e3o do edif\u00edcio, em duplas que d\u00e3o forma a paredes ocas executadas em tiras de 25 cm de largura com altura vari\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: Lauro Rocha<\/p>\n\n\n\n
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O embasamento foi feito em estrutura convencional de concreto, tornando-se um muro pr\u00e9-condicionado a desempenhar a fun\u00e7\u00e3o de consolida\u00e7\u00e3o do terreno. Foram intercalados pain\u00e9is de concreto maci\u00e7o e pain\u00e9is ocos, prevalecendo a primeira op\u00e7\u00e3o em situa\u00e7\u00f5es de contato com o solo e nas lajes que conformam a pra\u00e7a de acesso.

O volume suspenso \u00e9 estruturado em vigas e pilares met\u00e1licos, que conferem leveza em sua execu\u00e7\u00e3o. O sistema de pain\u00e9is ocos \u00e9 utilizado n\u00e3o somente nas veda\u00e7\u00f5es, mas tamb\u00e9m desempenha a fun\u00e7\u00e3o de laje em virtude de sua enorme capacidade de resist\u00eancia mec\u00e2nica – a laje foi pensada como uma sequ\u00eancia de vigas treli\u00e7as com banzos (superior e inferior) em concreto e em ferro na sua arma\u00e7\u00e3o interna. A constru\u00e7\u00e3o desse volume suspenso foi feita, portanto, com maior rapidez, j\u00e1 que n\u00e3o havia a necessidade de concretar o miolo da laje. Esse aspecto reduz a carga na estrutura met\u00e1lica e o custo final da obra.<\/p>\n\n\n\n
A princ\u00edpio um limitante para este projeto, a condi\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria acabou nos motivando a investiga\u00e7\u00f5es de novas alternativas construtivas. Seu \u00eaxito consiste na execu\u00e7\u00e3o de um espa\u00e7o que n\u00e3o exigiu grande investimento e sem desperd\u00edcio de materiais.<\/p>\n\n\n\n
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Fotografias: Leonardo Finotti<\/p>\n\n\n\n
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Est\u00fadio Madalena (Texto publicado no Cat\u00e1logo de Pr\u00eamio de Arquitetura 2015 Instituto Tomie Ohtake Akzonobel), por Ab\u00edlio Guerra<\/h3>\n\n\n\n
Opressiva, S\u00e3o Paulo \u00e9 uma cidade sem profundidade ao r\u00e9s-do-ch\u00e3o. O adensamento das constru\u00e7\u00f5es sequestra a percep\u00e7\u00e3o sensorial da geografia da cidade, encastelada sobre morros. A movimenta\u00e7\u00e3o intensa do territ\u00f3rio se apresenta de quando em quando ao olhar que se volta para o ponto de fuga do arruamento. Contudo, a vis\u00e3o frontal desobstru\u00edda \u00e9 mais rara, caso do MASP na Avenida Paulista.

O Est\u00fadio Madalena \u2013 projeto de Anderson Freitas, Ac\u00e1cia Furuya e Pedro Barros, do Apiac\u00e1s Arquitetos, e localizado em rua e bairro hom\u00f4nimos ao seu nome de batismo \u2013 assemelha-se ao projeto de Lina Bo Bardi em sua estrat\u00e9gia de implanta\u00e7\u00e3o. O que seria o t\u00e9rreo da edifica\u00e7\u00e3o \u00e9 uma extens\u00e3o da cal\u00e7ada p\u00fablica, que se transforma em recinto aberto e desobstru\u00eddo, quase uma pra\u00e7a que se volta para a paisagem. O ch\u00e3o deste espa\u00e7o \u00e9 a parte superior da pr\u00f3tese incrustada no talude do terreno em queda, e que abriga o uso residencial na parte baixa do terreno. O volume suspenso, destinado a espa\u00e7os de trabalho, se desenvolve em dois andares, que se equilibram sobre quatro pilares esguios de metal. Tal como no MASP \u2013 mas neste caso, devido \u00e0 escala modesta do projeto, apenas com escadas sobrepostas \u2013, a circula\u00e7\u00e3o vertical se d\u00e1 lateralmente, com pouca interfer\u00eancia no t\u00e9rreo.

Devido \u00e0s restri\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas do empreendimento, os arquitetos baratearam o custo e aumentaram os benef\u00edcios com o uso de materiais industrializados dispon\u00edveis no mercado, a edifica\u00e7\u00e3o da maior \u00e1rea constru\u00edda poss\u00edvel (500 m2 em um terreno de 250 m2) e a r\u00e1pida execu\u00e7\u00e3o da obra. Pain\u00e9is pr\u00e9-fabricados de concreto \u2013 corriqueiramente usados como formas de concretagem, adaptados aqui \u00e0 condi\u00e7\u00e3o de paredes e lajes \u2013 se articulam a uma estrutura met\u00e1lica ortogonal, solu\u00e7\u00e3o simples e barata para a parte suspensa do projeto. Os mesmos pain\u00e9is e estrutura met\u00e1lica s\u00e3o usados no embasamento, mas agora apoiados em estrutura convencional de concreto, que faz o contato direto com o solo.

A escala reduzida e o aporte restrito de recursos n\u00e3o inibem sua qualidade exemplar. Al\u00e9m de contemplar de forma adequada o programa de uso e o baixo or\u00e7amento, o projeto tem como principal atributo sua gentileza urbana. N\u00e3o apenas moradores ou usu\u00e1rios dos seus espa\u00e7os, mas todos aqueles que passam diante do Est\u00fadio Madalena s\u00e3o agraciados com a maravilhosa vista que se descortina de forma surpreendente. Diante desta fresta urbana, o homem da cidade pode mirar a cidade \u2013 este grande artif\u00edcio humano \u2013 como se fosse a paisagem natural.<\/p>\n\n\n\n
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Sobre o projeto: Entrevista exclusiva para MDC.<\/em><\/h3>\n\n\n\n
por Anderson Freitas (A.F.)<\/p>\n\n\n\n
<\/div>\n\n\n\n
MDC<\/em> <\/strong>– Como voc\u00ea contextualiza essa obra no conjunto de toda a sua produ\u00e7\u00e3o?<\/em>

A.F.<\/strong> – Penso que esta obra resulta de experimenta\u00e7\u00f5es construtivas que v\u00ednhamos buscando a partir de uma certa inquietude em rela\u00e7\u00e3o aos m\u00e9todos tradicionais de constru\u00e7\u00e3o. N\u00e3o estamos com isso afirmando que esta obra \u00e9 resultado de uma pesquisa tecnol\u00f3gica avan\u00e7ada, mas, simplesmente, de pensar a constru\u00e7\u00e3o se valendo de elementos existentes no mercado, de certa forma subvertendo sua utiliza\u00e7\u00e3o convencional com inten\u00e7\u00e3o primeira da materialidade que nos interessava e consequentemente resultasse numa obra \u00e1gil e econ\u00f4mica. Olhando para o conjunto, a nossa maneira de ver, sob o aspecto da espacialidade, acreditamos que ele mant\u00e9m a postura que sempre tivemos em rela\u00e7\u00e3o a todos os projetos que desenvolvemos em nosso escrit\u00f3rio, ou seja, nunca submetemos a qualidade espacial que desejamos em detrimento de um sistema construtivo escolhido.

MDC<\/em> <\/strong>– Como foi o mecanismo de contrata\u00e7\u00e3o do projeto?<\/em>

A.F. <\/strong><\/strong><\/strong>– Este projeto foi resultado de um outro projeto j\u00e1 em fase de obra, de escala semelhante, no mesmo bairro da zona oeste de S\u00e3o Paulo, o bar Mundial. O cliente, que ainda n\u00e3o era, viu a obra e gostou muito do projeto, do sistema construtivo (similar ao do Est\u00fadio Madalena). Enfim, ele acabou nos contratando para fazer o dele tamb\u00e9m. Quando est\u00e1vamos iniciando o projeto descobrimos que ele j\u00e1 tinha um outro projeto j\u00e1 aprovado na prefeitura, mas desistiu de executar quando viu nossa obra.

MDC<\/em> <\/strong>– Como foi a fase de concep\u00e7\u00e3o do projeto? Houve grandes inflex\u00f5es conceituais? Voc\u00ea destacaria algum momento significativo do processo?<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Como partimos de uma solicita\u00e7\u00e3o do cliente em rela\u00e7\u00e3o ao programa, que desejava um lugar onde ele pudesse trabalhar e viver, essa quest\u00e3o nos provocou a pensar o projeto de forma pouco convencional em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s conex\u00f5es entre ambientes, digo em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 necessidade de faz\u00ea-los conectados por espa\u00e7os fechados, ou protegidos. Creio que essa condi\u00e7\u00e3o foi fundamental para pensarmos o projeto com certa liberdade para sua volumetria: poder tirar partido desse jogo, de maneira a criar espa\u00e7os de perman\u00eancia abertos, como pequenas pra\u00e7as e, nesse sentido, poder estabelecer uma rela\u00e7\u00e3o mais forte com o entorno. Da\u00ed a ideia do programa bi-partido com parte da volumetria fechada redesenhando o ch\u00e3o e outra elevada para liberar a vis\u00e3o da paisagem para quem caminha pela rua.

MDC<\/em> <\/strong>– Nas etapas de desenvolvimento executivo e elabora\u00e7\u00e3o de projetos de engenharia houve participa\u00e7\u00e3o ativa do autor? Houve varia\u00e7\u00f5es de projeto decorrentes da interlocu\u00e7\u00e3o com esses outros atores que modificaram as solu\u00e7\u00f5es originais? Se sim, pode comentar as mais importantes?<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Houve uma certa luta com o engenheiro de estruturas que insistia em fazer os pilares met\u00e1licos muito pesados, aumentados em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 real necessidade de carga que ele receberia, j\u00e1 que desenvolvemos especificamente para esta obra, n\u00e3o somente as paredes mas tamb\u00e9m as lajes ocas, fazendo o piso, ao inv\u00e9s de ser em concreto maci\u00e7o, funcionar como um conjunto de vigotas com os banzos em concreto unidos pela ferragem de arma\u00e7\u00e3o. Uma vez que o convencemos a partir do c\u00e1lculo de cada laje comparada a uma laje maci\u00e7a, ele aceitou. Por\u00e9m, voltou com outro problema, dizendo que os esfor\u00e7os de vento fariam essa estrutura, que trabalha como uma mesa, com quatro pernas, deformar etc. A\u00ed contra argumentei que a caixa de escada met\u00e1lica, anexada ao volume suspenso, atuaria como um arco botante e naturalmente iria funcionar como um travamento suficiente para este problema, j\u00e1 que estaria toda contraventada. Enfim, depois de muitas idas e vindas o engenheiro acabou por aceitar os argumentos. Penso que se tiv\u00e9ssemos cedido aos questionamentos esse projeto n\u00e3o teria a mesma expressividade.

MDC <\/strong>– O autor do projeto teve participa\u00e7\u00e3o no processo de constru\u00e7\u00e3o\/implementa\u00e7\u00e3o da obra? Se sim, quais os momentos decisivos dessa participa\u00e7\u00e3o?<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Tivemos total participa\u00e7\u00e3o no processo de constru\u00e7\u00e3o, j\u00e1 que fomos os respons\u00e1veis pela obra. Temos convic\u00e7\u00e3o que essa condi\u00e7\u00e3o nos devolve a possibilidade de experimentarmos m\u00e9todos e sistemas construtivos n\u00e3o convencionais que em outra situa\u00e7\u00e3o n\u00e3o poder\u00edamos.

Outra quest\u00e3o interessante que se desdobrou em nossa atua\u00e7\u00e3o profissional por conta de assumirmos a administra\u00e7\u00e3o e gerenciamento dessas obras \u00e9 que acabamos por nos ver \u201cfor\u00e7ados\u201d a consolidar uma empresa voltada para essa opera\u00e7\u00e3o, que inicialmente se misturava ao Apiac\u00e1s Arquitetos. Agora se trata de outra empresa, dos mesmos s\u00f3cios, chamada Aimber\u00ea Constru\u00e7\u00f5es. O interessante \u00e9 que a equipe de arquitetos que trabalha conosco acaba por vivenciar experi\u00eancias no campo do projeto e tamb\u00e9m no canteiro de obra. E isso faz diferen\u00e7a pois a autonomia das decis\u00f5es acaba sendo nossa, que \u00e9 um pouco limitante quando essa responsabilidade n\u00e3o est\u00e1 em suas decis\u00f5es, problema recorrente no Brasil quando se pensa a quest\u00e3o do arquiteto no canteiro de obras.

MDC <\/strong>– Voc\u00ea destacaria algum fato relevante da vida do edif\u00edcio\/espa\u00e7o livre ap\u00f3s a sua constru\u00e7\u00e3o?<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Este projeto era de fato para ser utilizado pelo cliente que contratou a obra, mas ele acabou recebendo uma oferta tentadora de aluguel do est\u00fadio assim que ficou pronto. Como ele tinha outros im\u00f3veis no mesmo bairro, ele acabou alugando e n\u00e3o ocupou a nova edifica\u00e7\u00e3o. Ficamos receosos se daria certo para o novo inquilino, uma empresa de publicidade, se eles manteriam o vazio etc, mas no fim preservaram (o que achamos importante), mas, infelizmente, acabaram por fazer um fechamento em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 rua, abrindo somente quando fazem eventos. De certa maneira achamos que tudo bem, faz parte da vida rsrs.

MDC <\/strong>– Se esse mesmo problema de projeto chegasse hoje a suas m\u00e3os, faria algo diferente?<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Olha, penso que o tempo pode mudar sua maneira de pensar em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s coisas, ent\u00e3o n\u00e3o posso afirmar que faria igual, exatamente igual. Acho que talvez n\u00e3o seja essa a quest\u00e3o. Talvez a quest\u00e3o seja se voc\u00ea se arrepende de um determinado projeto, se entende que errou em tomar aquela decis\u00e3o. Nesse sentido, posso afirmar que n\u00e3o, pois quanto mais o tempo passa, mais gosto deste projeto, mesmo n\u00e3o podendo afirmar se faria a mesma solu\u00e7\u00e3o hoje.

MDC <\/strong>– Como voc\u00ea contextualiza essa obra no panorama da arquitetura contempor\u00e2nea do seu pa\u00eds?<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Penso que ela se encaixa no contexto onde h\u00e1 busca por facilita\u00e7\u00e3o do processo construtivo, para evitar desperd\u00edcios, que representa leveza para solu\u00e7\u00f5es estruturais e consequentemente econ\u00f4micas. O fato de termos colaborado com o Lel\u00e9 (Jo\u00e3o Filgueiras Lima) em alguns projetos inevitavelmente plantou essa semente. Isso do ponto de vista da constru\u00e7\u00e3o. Do ponto de vista da espacialidade, ela se enquadra nessa constante luta por desenhar a cidade de maneira mais gentil, onde cada oportunidade, n\u00e3o importando se vem de uma demanda p\u00fablica ou privada, \u00e9 um motivo para desenhar essa cidade que desejamos. Lembro sempre daquilo que o arquiteto e professor Abrah\u00e3o Sanovicz sentenciava aos seus alunos dizendo – “fa\u00e7am obras com gentileza urbana!<\/em>“

MDC <\/strong>– H\u00e1 algo relativo ao projeto e ao processo que gostaria de acrescentar e que n\u00e3o foi contemplado pelas perguntas anteriores?<\/em> Agradecemos imensamente a sua contribui\u00e7\u00e3o.<\/em>

A.F.<\/strong><\/strong><\/strong><\/strong> <\/strong>– Sim, penso que pelo fato de estarmos muito envolvidos com obras, acabamos inevitavelmente sendo contaminados constantemente pela quest\u00e3o do or\u00e7amento previsto, para evitar que o custo saia do controle. Creio que essa demanda surja pra gente antes do estudo. Mas n\u00e3o penso nisso como um problema, mas sim como uma contribui\u00e7\u00e3o para aumentar nosso senso de responsabilidade para o projeto, que neste sentido extrapola a quest\u00e3o espacial, mas n\u00e3o a torna menos importante, apenas uma luta constante para manter o equil\u00edbrio.

Eu que agrade\u00e7o. Ficamos muito honrados com o convite.<\/p>\n\n\n\n
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\n\n\n\n
<\/div>\n\n\n\n
estudo preliminar<\/h3>\n\n\n\n
<\/div>\n\n\n\n
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ESTUDO PRELIMINAR<\/strong>

9 pranchas (pdf).
3,91mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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<\/div>\n\n\n\n
projeto executivo<\/h3>\n\n\n\n
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\n

PARTE 1<\/strong>:
DIAGRAMA DE \u00c1REAS + PLANTAS E CORTES

13 formatos (pdf).
2,27mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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PARTE 2<\/strong>:
MURO DE ARRIMO + ESCADA DE CONCRETO

7 pranchas (pdf).
517kb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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\n

PARTE 3:<\/strong>
CAIXILHOS + GUARDA-CORPOS + GRADIS

17 pranchas (pdf).
1,01mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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PARTE 4:<\/strong>
ESCADAS MET\u00c1LICAS

26 pranchas (pdf).
3,23mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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PARTE 5:<\/strong>
HIDR\u00c1ULICA E EL\u00c9TRICA

14 pranchas (pdf).
1,19mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n
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ficha t\u00e9cnica<\/h3>\n\n\n\n
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Est\u00fadio Madalena<\/a><\/li><\/ul><\/div>\n\n\n\n
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Local: <\/strong>Vila Madalena, S\u00e3o Paulo- SP, Brasil
Ano de projeto:<\/strong> 2014
Ano de conclus\u00e3o:<\/strong> 2014
\u00c1rea do terreno:<\/strong> 500 m\u00b2
\u00c1rea constru\u00edda:<\/strong> 250 m\u00b2
Autores:<\/strong> Anderson Freitas, Ac\u00e1cia Furuya e Pedro Barros
Colaboradores: <\/strong>B\u00e1rbara Francelin, Marcelo Otsuka, Daniela Andrade, Maria Wolf, Ana Julia Chiozza, Leonor Vaz Pinto, Felipe Zorlini, Adriana Domingues, Matheus D’Almeida, Gabriela de Moura Campos, Lorran Siqueira, Vitor Costa, Francisco Veloso, Renato Kannebley e Acc\u00e1cio Mello

Projeto estrutural: <\/strong>CCT Engenharia
Projeto de funda\u00e7\u00e3o: <\/strong>VWF Funda\u00e7\u00f5es

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Fotos:<\/strong> Lauro Rocha e Leonardo Finotti<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n\n\n\n
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galeria<\/h3>\n\n\n\n
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colabora\u00e7\u00e3o editorial<\/h3>\n\n\n\n
Isabela Gomide<\/p>\n\n\n\n
deseja citar esse post?<\/h3>\n\n\n\n
FREITAS, Anderson. FURUYA, Ac\u00e1cia. BARROS, Pedro. “Est\u00fadio Madalena”.\u00a0MDC: M\u00ednimo Denominador Comum<\/strong>, Belo Horizonte, s.n., mai-2024. Dispon\u00edvel em http:\/\/www.puntoni.28ers.com\/2024\/05\/08\/estudio-madalena<\/a>. Acesso em: [incluir data do acesso].<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n\n\n\n
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estudo preliminar<\/h3>\n\n\n\n<\/div>\n\n\n\n<\/a><\/figure>\nESTUDO PRELIMINAR<\/strong>9 pranchas (pdf).3,91mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n

projeto executivo<\/h3>\n\n\n\n<\/div>\n\n\n\n<\/a><\/figure>\nPARTE 1<\/strong>:DIAGRAMA DE \u00c1REAS + PLANTAS E CORTES13 formatos (pdf).2,27mb<\/p>\n<\/div><\/div>\n\n\n\n

colabora\u00e7\u00e3o editorial<\/h3>\n\n\n\nIsabela Gomide<\/p>\n\n\n\n

colabora\u00e7\u00e3o editorial<\/h3>\n\n\n\n
Isabela Gomide<\/p>\n\n\n\n