{"id":254,"date":"2006-01-31T03:58:26","date_gmt":"2006-01-31T05:58:26","guid":{"rendered":"http:\/\/puntoni.28ers.com\/?p=254"},"modified":"2009-02-04T05:44:12","modified_gmt":"2009-02-04T07:44:12","slug":"interdisciplinaridade-reunioes-catalogos-e-computadores","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/2006\/01\/31\/interdisciplinaridade-reunioes-catalogos-e-computadores\/","title":{"rendered":"Interdisciplinaridade, reuni\u00f5es, cat\u00e1logos e computadores"},"content":{"rendered":"

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Come\u00e7o um projeto quando visito um s\u00edtio (programa e condicionalismos vagos como quase sempre acontece). Outras vezes come\u00e7o antes, a partir da id\u00e9ia que tenho de um s\u00edtio….<\/p>\n<\/blockquote>\n
\u00c9 assim que o arquiteto portugu\u00eas \u00c1lvaro Siza, no pref\u00e1cio de Profiss\u00e3o Po\u00e9tica [1], lista t\u00f3picos, oito exatamente, discorrendo sobre sua rotina profissional. O depoimento, ao mesmo tempo contido, intenso, vibrante, descontra\u00eddo, segue descrevendo a persegui\u00e7\u00e3o de um conceito sugerido naquele in\u00edcio vago e pleno de possibilidades. Nesse rumo, segue pelos desenhos nos caf\u00e9s \u201c...dos poucos <\/em>(ambientes) – aqui no Porto – a permitir anonimato e descontra\u00e7\u00e3o.<\/em>\u201d \u00c9 a\u00ed que atrai aten\u00e7\u00e3o sua justificativa para esta reclus\u00e3o inicial:<\/p>\n
\n
N\u00e3o se trata de fuga \u00e0 mesa de reuni\u00f5es, \u00e0 interdisciplinaridade, ao telefone, aos impressos de Regulamentos, aos cat\u00e1logos de pr\u00e9-fabricados ou de ferramenta simplificadora, ao computador ou \u00e0 Assembl\u00e9ia de Moradores. Trata-se de conquistar – \u00e9 o termo – bases para trabalhar com isso e para isso.<\/p>\n<\/blockquote>\n
E seguem-se os t\u00f3picos do pref\u00e1cio e depois todo o livro com as descri\u00e7\u00f5es dos projetos em esbo\u00e7os, desenhos t\u00e9cnicos, fotografias e textos. Excepcional fonte constante de aprendizado ou, tamb\u00e9m, boa distra\u00e7\u00e3o moment\u00e2nea.<\/p>\n
N\u00e3o h\u00e1 conota\u00e7\u00e3o de \u2018mal necess\u00e1rio\u2019 entre os conceitos e esbo\u00e7os iniciais das apropria\u00e7\u00f5es espec\u00edficas de uma situa\u00e7\u00e3o de projeto e os mecanismos rotineiros e determina\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas que transformam aquelas defini\u00e7\u00f5es iniciais em obra pronta e edif\u00edcio habitado. O processo de projeto com todas as suas interfaces bem exploradas deve servir para refor\u00e7ar suas inten\u00e7\u00f5es iniciais, podendo at\u00e9, dentro de limites que mantenham o controle de seu desenvolvimento, indicar novas potencialidades que devam ser incorporadas \u00e0s premissas at\u00e9 ent\u00e3o destacadas. Os aspectos t\u00e9cnicos de uma constru\u00e7\u00e3o podem, e n\u00e3o s\u00e3o poucos os \u00edcones hist\u00f3ricos da arquitetura a respaldar esta afirma\u00e7\u00e3o, ser inclusive determinantes de sua rela\u00e7\u00e3o est\u00e9tica, da linguagem e do significado por ela transmitidos. A consist\u00eancia de determinado trabalho n\u00e3o \u00e9, definitivamente, definida por um desenvolvimento t\u00e9cnico criterioso e sintonizado com as mais recentes, desenvolvidas, racionalizadas e industrializadas solu\u00e7\u00f5es. Mas sua maturidade talvez seja. Este racioc\u00ednio inicial resume ser poss\u00edvel incorporar \u00e0s defini\u00e7\u00f5es de uma situa\u00e7\u00e3o de projeto \u00fanica (lugar e seu entorno, programa, identidade poss\u00edvel e universo cultural, orienta\u00e7\u00f5es, exposi\u00e7\u00f5es fenomenol\u00f3gicas, significados potenciais…) tanto m\u00e9todos cons-trutivos aleat\u00f3rios como uma grande intera\u00e7\u00e3o com processos industrializados e bem detalhados, tecnicamente limpos e melhor controlados pelas a\u00e7\u00f5es de projeto. O segundo caminho, no entanto, s\u00f3 pode ser atingido sob comando de profissional e\/ou equipe preparados para assumir tal tarefa e lev\u00e1-la a cabo plenamente. Sendo ou n\u00e3o determinante em sua imagem, a tecnologia, assumida ou n\u00e3o pelo arquiteto no processo de projeto, ser\u00e1 definidora, como fim ou meio, do resultado final de uma proposta.<\/p>\n
A rela\u00e7\u00e3o do arquiteto com este processo retrata bem seu grau de interfer\u00eancia na consist\u00eancia da obra pronta. O que n\u00e3o pode ser desprezado \u00e9 que, em qualquer caso e n\u00edvel de envolvimento no processo, a responsabilidade profissional do arquiteto em rela\u00e7\u00e3o ao resultado n\u00e3o varia. Neste ponto ligam-se as refer\u00eancias iniciais do texto com seu objetivo principal: ilustrar o atual est\u00e1gio, desconexo em linhas gerais, entre pr\u00e1tica arquitet\u00f4nica e meios de produ\u00e7\u00e3o para colocar em pauta a\u00e7\u00f5es que possam diminuir estas dist\u00e2ncias por meios tang\u00edveis e inerentes ao cotidiano da pr\u00e1tica arquitet\u00f4nica.<\/p>\n
A integra\u00e7\u00e3o de certas rotinas ao desenvolvimento dos projetos seria suficiente para estabelecer um ambiente de trabalho comum e ideal para o tr\u00e2nsito das informa\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas entre os autores do projeto, seus complementares e as f\u00e1bricas de componentes, sistemas construtivos e estruturais. As raz\u00f5es para focar um racioc\u00ednio, superficial que seja, na organiza\u00e7\u00e3o e no desenvolvimento de um projeto com as bases da ind\u00fastria s\u00e3o, principalmente:
\n\u2022 a desmistifica\u00e7\u00e3o das rela\u00e7\u00f5es imediatas feitas entre modula\u00e7\u00e3o, monotonia e limita\u00e7\u00f5es formais;
\n\u2022 as garantias de qualidade homog\u00eanea, redu\u00e7\u00e3o e controle de perdas processuais que podem ser exploradas na aplica\u00e7\u00e3o de produtos e sistemas industrializados nos dom\u00ednios de qualquer conceito de projeto.<\/p>\n
Nesta dire\u00e7\u00e3o, as rela\u00e7\u00f5es entre as modula\u00e7\u00f5es de um projeto devem ser claras e n\u00e3o restritas apenas aos aspectos estruturais, mas estendidas aos construtivos. A norma t\u00e9cnica alem\u00e3 DIN 18000 [2] representa bem elementos construtivos relacionados a varia\u00e7\u00f5es hetero-g\u00eaneas de um mesmo m\u00f3dulo\u00a0 no contexto de um projeto hipot\u00e9tico.<\/p>\n
As a\u00e7\u00f5es projetuais que tra\u00e7am bases comuns para a melhor rela\u00e7\u00e3o dimensional entre as partes da constru\u00e7\u00e3o s\u00e3o simples e buscam aproximar o desenvolvimento do projeto, seu detalhamento e execu\u00e7\u00e3o. Devem ser esta-belecidos e mantidos, mesmo que ajustados ao longo do processo, os princ\u00edpios de defini\u00e7\u00e3o de malha estrutural e organiza\u00e7\u00e3o geom\u00e9trica com marca\u00e7\u00e3o de eixos estruturais que permitam relacionar os par\u00e2metros dimensionais das estruturas com aqueles dos sistemas construtivos. Parece b\u00e1sico, e \u00e9, mas num trabalho de consultoria ou suporte t\u00e9cnico para projetos com estruturas de a\u00e7o s\u00e3o raras as vezes em que recebemos desenhos t\u00e9cnicos arquitet\u00f4nicos com a defini\u00e7\u00e3o de um sistema de coordenadas transversais e longitudinais para estrutura\u00e7\u00e3o das potencialidades evidenciadas na fase inicial do projeto. A car\u00eancia destes elementos gr\u00e1ficos de amarra\u00e7\u00e3o e organiza\u00e7\u00e3o do projeto pode ser traduzida na falta de compromisso do arquiteto e sua equipe com as solu\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas aplic\u00e1veis. Nesta defasagem surge espa\u00e7o para interpreta\u00e7\u00f5es e decis\u00f5es de outros profissionais envolvidos no processo que n\u00e3o necessariamente tem o mesmo compromisso do arquiteto com seus par\u00e2metros e objetivos. Estas medidas, claro, n\u00e3o garantem que n\u00e3o haver\u00e1 interfer\u00eancias \u201cindevidas\u201d no projeto ao longo de sua implementa\u00e7\u00e3o, mas sua aus\u00eancia estabelece v\u00ednculos fracos entre o proposto e os mecanismos de constru\u00e7\u00e3o o que pode transformar completamente a id\u00e9ia inicial. I\u00adnterfer\u00eancias e contribui\u00e7\u00f5es s\u00e3o bem vindas ao desenvolvimento de qualquer projeto desde que convincentes e consensuais. Al\u00e9m destes par\u00e2metros dimensionais, podem ser mencionadas estrat\u00e9gias de disposi\u00e7\u00f5es desencontradas entre eixos estruturais e planos de veda\u00e7\u00e3o externa que transportariam as dimens\u00f5es definidas nas estruturas ao sistema construtivo das veda\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
S\u00e3o v\u00e1rios, como j\u00e1 mencionado, os exemplos de obras que t\u00eam sua express\u00e3o predominantemente ancorada em bases tecnicistas. N\u00e3o necessariamente recentes, como v\u00e1rios projetos do arquiteto alem\u00e3o Ludwig Mies Van der Rohe,\u00a0 entre eles a casa Farnsworth da d\u00e9cada de 50, nem necessariamente estrangeiras, como o projeto da casa Lota de Macedo Soares de autoria do arquiteto brasileiro S\u00e9rgio Bernardes da mesma d\u00e9cada do anterior [3]. Ambos projetos, de aspectos e naturezas bem diversas, s\u00e3o concebidos e executados com rigidez formal constru\u00edda sobre par\u00e2metros de m\u00e9todos construtivos industrializados, total ou parcialmente. S\u00e3o ainda dois exemplos hist\u00f3ricos de atua\u00e7\u00e3o profissional n\u00e3o restrita aos ambientes de escrit\u00f3rio e obra, sendo estendida ao universo das f\u00e1bricas com a \u201cinven\u00e7\u00e3o\u201d quase literal de especifica\u00e7\u00f5es de materiais e produtos propriamente ditos. Tanto Mies Van der Rohe quanto Bernardes provocaram o interesse de fabricantes diversos e estabeleceram uma intera\u00e7\u00e3o direta entre prancheta, materiais e produtos.<\/p>\n
\u00c9 poss\u00edvel seguir nestes exemplos em v\u00e1rias dire\u00e7\u00f5es e com diferentes refer\u00eancias. Mantendo-se as mesmas inicialmente assumidas podemos passar a exemplos recentes, dentro e fora da cultura brasileira e no mesmo patamar de qualidade arquitet\u00f4nica e industrializa\u00e7\u00e3o dos projetos. Solu\u00e7\u00f5es customizadas como as obras do arquiteto italiano Renzo Piano ou do brasileiro Jo\u00e3o Filgueiras Lima (Lel\u00e9) s\u00e3o de-talhadas e montadas com elementos fabricados em s\u00e9rie ou n\u00e3o a partir das modula\u00e7\u00f5es de projeto. S\u00e3o assim os casos de v\u00e1rias unidades de Hospitais da Rede Sarah com diversos componentes fabricados no CTRS (Centro Tecnol\u00f3gico da Rede Sarah) em Salvador: n\u00e3o apenas os componentes estruturais saem da f\u00e1brica em pe\u00e7as pr\u00e9-montadas como todos os pain\u00e9is de argamassa armada que far\u00e3o as divis\u00f3rias e veda\u00e7\u00f5es s\u00e3o ali fabricados sob r\u00edgidos par\u00e2metros t\u00e9cnicos e dimensionais, com rela\u00e7\u00f5es comuns em m\u00faltiplos ou sub-m\u00faltiplos de uma mesma refer\u00eancia modular. Exemplos mais extremos podem ser mencionados como casos de fabrica\u00e7\u00f5es e montagens mais complexas, com pe\u00e7as \u00fanicas criadas para situa\u00e7\u00f5es de projeto onde caibam estas coloca\u00e7\u00f5es, com no caso do Centro Georges Pompidou, em Paris, onde muitas das pe\u00e7as estruturais foram fabricadas sob medida com recursos de ind\u00fastrias pouco exploradas pela constru\u00e7\u00e3o civil com a naval ou a aeron\u00e1utica.<\/p>\n
Enfim, as possibilidades s\u00e3o muitas, e os caminhos em pauta nas constantes decis\u00f5es de projeto podem ser melhor controlados com uma maior aproxima\u00e7\u00e3o entre os projetistas e os processos e meios de produ\u00e7\u00e3o. Esta discuss\u00e3o segue por conceitos desenvolvidos pelo arquiteto durante sua forma\u00e7\u00e3o. Passa pelo senso de propor\u00e7\u00e3o das medidas, pelas rela\u00e7\u00f5es culturais, por estabelecer as conex\u00f5es necess\u00e1rias entre as partes de um projeto, pelo que o seu conjunto apresenta em rela\u00e7\u00e3o ao entorno e outras quest\u00f5es caras ao profissional de arquitetura comprometido com sua causa. Quest\u00f5es percebidas pelo habitante que experimenta ou usufrui de determinado lugar e podem ser enriquecidas por sua amarra\u00e7\u00e3o com os m\u00e9todos construtivos. No in\u00edcio, \u00c1lvaro Siza descreve o processo de projeto com sendo algo que busca, nas bases do esbo\u00e7o feito no ambiente isolado de um Caf\u00e9, respaldo para transform\u00e1-lo em obra atrav\u00e9s de rotinas muitas vezes tidas como pouco nobres, mas indispens\u00e1veis para realizar o impulso criador contido num desenho. \u201cTrata-se de conquistar (…) bases para trabalhar com isso e por isso<\/em>.\u201d<\/p>\n
notas<\/h3>\n1.\u00a0\u00a0 SIZA, \u00c1lvaro. Profiss\u00e3o Po\u00e9tica. Barcelona: Gustavo Gilli, 2002.
\n2.\u00a0 DEUTSCHES INSTITUT F\u00dcR NORMUNG e.V..Modular coordination in building: DIN 18000. Berlin, 1984-05.
\n3.\u00a0 Nobre, Ana Lu\u00edza. Flor Rara e Banal\u00edssima, Resid\u00eancia Lota Macedo Soares por S\u00e9rgio Bernardes. Portal Vitruvius: Arquitetura e Cr\u00edtica, N. 15, fev.2006. Dispon\u00edvel na internet em <http:\/\/www.vitruvirus.com.br\/ac\/ac015\/ac015.asp&gt<\/a>; Acesso em: 15 fev. 2006.<\/p>\n
ascanio merrighi de figueiredo silva (1971)<\/strong>
\nFormado em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 1995), Mestre em Constru\u00e7\u00f5es Met\u00e1licas (UFOP, 2004). P\u00adrofessor do CEACON, Especializa\u00e7\u00e3o em Constru\u00e7\u00f5es Met\u00e1licas para A\u00adrquitetos (Izabela Hendrix-MG). Trabalhou como arquiteto no escrit\u00f3rio GSI Architects, em Cleveland-EUA, de 1997 a 2000 e na \u00e1rea de desenvolvimento de mercado para c\u00adonstru\u00e7\u00e3o em a\u00e7o da Usiminas desde 2001. Desenvolve projetos pr\u00f3prios desde 1996.<\/p>\n
contato:<\/strong> amerrighi@usiminas.com.br<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Ascanio Merrighi [Ler o artigo em PDF]<\/p>\n","protected":false},"author":6206942,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_coblocks_attr":"","_coblocks_dimensions":"","_coblocks_responsive_height":"","_coblocks_accordion_ie_support":"","advanced_seo_description":"","jetpack_seo_html_title":"","jetpack_seo_noindex":false,"jetpack_post_was_ever_published":false,"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_publicize_feature_enabled":true,"jetpack_social_post_already_shared":false,"jetpack_social_options":{"image_generator_settings":{"template":"highway","enabled":false},"version":2}},"categories":[15075172,16350799,15074660],"tags":[15088662,15044424],"class_list":["post-254","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-ascanio-merrighi","category-ensaio-e-pesquisa","category-mdc-001","tag-tecnica-construtiva","tag-teoria-da-arquitetura"],"jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_likes_enabled":true,"jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/plwdR-46","jetpack-related-posts":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/254","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/6206942"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=254"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/254\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":1088,"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/254\/revisions\/1088"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=254"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=254"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=254"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}