{"id":62,"date":"2006-01-31T03:59:31","date_gmt":"2006-01-31T05:59:31","guid":{"rendered":"http:\/\/puntoni.28ers.com\/?p=62"},"modified":"2009-02-04T05:44:11","modified_gmt":"2009-02-04T07:44:11","slug":"em-busca-da-pertinencia-para-uma-arquitetura-tropical","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/puntoni.28ers.com\/2006\/01\/31\/em-busca-da-pertinencia-para-uma-arquitetura-tropical\/","title":{"rendered":"Em busca da pertin\u00eancia para uma arquitetura tropical"},"content":{"rendered":"

\"mdc<\/a>Andr\u00e9 Luiz Prado<\/p>\n

[Ler o artigo em PDF]<\/strong><\/a><\/p>\n

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A pertin\u00eancia da forma na arquitetura pode ser abordada de v\u00e1rias maneiras diferentes. Interessa-nos aqui uma delas em particular: a pertin\u00eancia clim\u00e1tica e ambiental de uma arquitetura pensada para os tr\u00f3picos. A discuss\u00e3o sobre o que sejam formas arquitet\u00f4nicas pertinentes exige necessariamente um correto entendimento do lugar onde ela se situa e do qual ela \u00e9 indissoci\u00e1vel. Arquitetura pertinente \u00e9 por defini\u00e7\u00e3o arquitetura adequada, apropriada. N\u00e3o h\u00e1, portanto, como analisar o que possam vir a ser os fundamentos de uma arquitetura pertinente para o nosso pa\u00eds sem considerar que ela dever\u00e1 ser uma arquitetura pertinente a um pa\u00eds tropical, predominantemente quente e \u00famido. Isto pode parecer \u00f3bvio a primeira vista, mas no Brasil, a importa\u00e7\u00e3o indiscriminada de modelos externos, produziu ao longo de nossa hist\u00f3ria e ainda produz largamente nos dias de hoje, exemplares de arquiteturas absolutamente inadequadas. E sua impertin\u00eancia reside principalmente na sua incapacidade de considerar e por vezes at\u00e9 mesmo desprezar nossa realidade sob v\u00e1rios aspectos, e dentre eles o nosso clima.<\/p>\n

A chegada da arquitetura moderna ao Brasil, entre os anos 20 e 30 do s\u00e9culo passado, est\u00e1 intimamente relacionada \u00e0 capacidade de alguns arquitetos not\u00e1veis, em especial Le Corbusier, em adaptar o vocabul\u00e1rio formal da nova arquitetura que estava sendo proposta na Europa aos climas quentes. Foi somente gra\u00e7as ao olhar atento sobre a tradi\u00e7\u00e3o construtiva vernacular local que o arquiteto franco-su\u00ed\u00e7o conseguiu pensar uma arquitetura consonante com os avan\u00e7os t\u00e9cnicos e culturais daquele tempo e adequada ao clima quente e seco do norte da \u00c1frica primeiramente e ainda ao clima quente e \u00famido da \u00cdndia ou do Brasil, tempos depois [1]. Com o devido distanciamento hist\u00f3rico que temos hoje, \u00e9 poss\u00edvel perceber com clareza que, no caso brasileiro em especial, o correto entendimento dos princ\u00edpios de adapta\u00e7\u00e3o ao clima por tr\u00e1s das constru\u00e7\u00f5es antigas, aliado ao dom\u00ednio das novas tecnologias construtivas, sobretudo do uso do concreto armado, tornou poss\u00edvel a cria\u00e7\u00e3o de uma arquitetura moderna tropical, genu\u00edna e pertinente, que apontava ao mesmo tempo para o futuro e para o passado [2].\u00a0 A arquitetura gerada pela primeira gera\u00e7\u00e3o de arquitetos modernistas brasileiros \u00e9 exemplar neste sentido e talvez por isso mesmo tornou-se conhecida no mundo inteiro, servindo de exemplo para outros lugares com clima semelhante [3]. Capitaneados por L\u00facio Costa, o grupo de jovens arquitetos que contava, entre outros nomes, com Oscar Niemeyer e Affonso Reidy, criou, com a ajuda do pr\u00f3prio Le Corbusier, o projeto para a sede do Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o e Sa\u00fade P\u00fablica em 1937, pouco tempo depois de os irm\u00e3os Roberto terem projetado a sede da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Imprensa. Nestes dois pr\u00e9dios, o uso de anteparos de prote\u00e7\u00e3o \u00e0 radia\u00e7\u00e3o solar desenhados de forma a criar desenhos geom\u00e9tricos e ortogonais nas fachadas demonstra o casamento entre o uso de um vocabul\u00e1rio formal limpo, desprovido de ornamenta\u00e7\u00f5es, o entendimento sobre as possibilidades geradas pelo concreto armado e a percep\u00e7\u00e3o da necessidade de prote\u00e7\u00e3o contra a insola\u00e7\u00e3o inclemente dos tr\u00f3picos [4]. Infelizmente, por\u00e9m, o que deveria ter sido um modelo, parece hoje uma exce\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

No decorrer do s\u00e9culo XX, principalmente ap\u00f3s os anos 50, a arquitetura moderna no Brasil e no mundo passou por um processo de desgaste, devido em grande parte \u00e0 sua dissemina\u00e7\u00e3o indiscriminada como um estilo. A ado\u00e7\u00e3o em larga escala da linguagem formal moderna abstrata, sem ornamentos e geometrizada, mas totalmente esvaziada dos conte\u00fados \u00e9ticos que a acompanhavam contribuiu para gerar uma infinidade de constru\u00e7\u00f5es impertinentes, sob todos os pontos de vista [5]. Ao mesmo tempo, a utiliza\u00e7\u00e3o da arquitetura moderna apenas como fonte de inspira\u00e7\u00e3o para as fei\u00e7\u00f5es externas dos edif\u00edcios contribuiu para fomentar uma cr\u00edtica massiva aos ideais modernos. A revis\u00e3o cr\u00edtica porque passou a arquitetura moderna a partir dos anos sessenta n\u00e3o aconteceu sem raz\u00e3o. Podemos ver hoje uma infinidade de edifica\u00e7\u00f5es modernistas que foram erguidas j\u00e1 no per\u00edodo p\u00f3s-guerra e que soam como arremedos dos primeiros edif\u00edcios modernos. Sob v\u00e1rios aspectos pode-se perceber que o engajamento de muitos dos arquitetos tardo-modernos no ide\u00e1rio corbusiano foi meramente formalista e formal. Isso torna-se mais evidente ao se olhar o pouco entendimento que tinham da realidade clim\u00e1tica dos lugares onde edificaram, para ficarmos somente na quest\u00e3o de que tratamos aqui. Os panos de vidro voltados para o sol da tarde sem qualquer prote\u00e7\u00e3o \u00e0 moda dos pa\u00edses frios, a utiliza\u00e7\u00e3o de lajes planas de concreto como cobertura sem qualquer tipo de prote\u00e7\u00e3o, o posicionamento e dimensionamento equivocado dos quebra-s\u00f3is como meros acess\u00f3rios pl\u00e1sticos, dentre outros v\u00e1rios aspectos, demonstram que a arquitetura moderna havia se disseminado sem qualquer consci\u00eancia sobre sua adequa\u00e7\u00e3o ao clima, aspecto t\u00e3o caro \u00e0 gera\u00e7\u00e3o primeira do modernismo. A dissemina\u00e7\u00e3o das caixas de vidro tardo-modernas por estas c\u00e1lidas terras contribuiu sobremodo para a cria\u00e7\u00e3o de uma id\u00e9ia de suplantar o modernismo.<\/p>\n

Por\u00e9m, salvo em poucos exemplos que constituem mais a exce\u00e7\u00e3o do que a regra, a arquitetura que surgiu a partir da cr\u00edtica ao modernismo tamb\u00e9m n\u00e3o conseguiu, no Brasil, produzir exemplos em larga escala que se mostrassem mais adequados ao nosso clima do que anteriores. Ao contr\u00e1rio, um r\u00e1pido olhar sobre os edif\u00edcios que podem ser considerados como os exemplos mais conhecidos da arquitetura p\u00f3s-moderna mostra que, apesar da cr\u00edtica ao esvaziamento \u00e9tico da arquitetura tardo-moderna, no aspecto particular da pertin\u00eancia clim\u00e1tica, praticamente n\u00e3o h\u00e1 avan\u00e7o. Nesse per\u00edodo, sobretudo ao longo dos anos 80 e 90 do s\u00e9culo XX, foram erguidas in\u00fameras torres por todas as grandes cidades brasileiras, que de certa maneira repetem os equ\u00edvocos das grandes fachadas envidra\u00e7adas totalmente expostas \u00e0 radia\u00e7\u00e3o solar s\u00f3 que agora com vidros coloridos e espelhados. Deve se considerar que neste per\u00edodo houve uma evolu\u00e7\u00e3o t\u00e9cnica not\u00e1vel dos sistemas de condicionamento de ar e das tecnologias de esquadrias e vidros para fachadas.\u00a0 Mas talvez tenha sido exatamente em fun\u00e7\u00e3o desses avan\u00e7os, que estas arquiteturas tenham deixado de lado o conhecimento clim\u00e1tico gerado pelas primeiras edifica\u00e7\u00f5es modernistas, criando torres compat\u00edveis com os padr\u00f5es est\u00e9ticos norte-americanos e estrangeiros mas absolutamente inadequadas \u00e0 nossa realidade tropical. Nesses edif\u00edcios, o bem estar dos usu\u00e1rios \u00e9 garantido \u00e0s custas de sistemas altamente sofisticados de esquadrias, inacess\u00edveis economicamente a grande massa da popula\u00e7\u00e3o brasileira e a poderosos sistemas de condicionamento de ar, o que torna tais constru\u00e7\u00f5es vorazes consumidores de energia el\u00e9trica. Apesar de toda a cr\u00edtica \u00e0 falta de considera\u00e7\u00e3o com o lugar dirigida \u00e0s arquiteturas das caixas de vidro de fei\u00e7\u00f5es modernistas, a arquitetura p\u00f3s-moderna n\u00e3o conseguiu recuperar em larga escala a utiliza\u00e7\u00e3o de ele-mentos arquitet\u00f4nicos para controle clim\u00e1tico. Ao contr\u00e1rio faz uso das novas tecnologias para criar condi\u00e7\u00f5es internas de conforto, quando na verdade apenas substitui as caixas de vidro transparente pelas caixas de vidro coloridas.<\/p>\n

Passados setenta anos desde a elabora\u00e7\u00e3o de projetos como o MESP e a ABI, que de certa forma re-fundaram nossa tradi\u00e7\u00e3o construtiva e ajudaram a projetar a arquitetura brasileira para todo o mundo, parece que andamos para tr\u00e1s. O legado da primeira gera\u00e7\u00e3o modernista parece ter sido esquecido e o que pode ser visto na grande maioria dos pr\u00e9dios que constroem nossas cidades hoje \u00e9 pouca ou nenhuma pertin\u00eancia ao seu lugar. O que nos foi ensinado foi deixado de lado e a grande maioria das constru\u00e7\u00f5es s\u00e3o quentes quando deveriam ser frescas, geladas quando deveriam armazenar calor, mal ventiladas em lugares \u00famidos, abertas aos ventos em lugares descampados, quase sempre absolutamente inapropriadas \u00e0 realidade do lugar em que se inserem.\u00a0 O conv\u00edvio for\u00e7ado dos usu\u00e1rios destas edifica\u00e7\u00f5es com o calor ou o frio excessivos, com as goteiras, com o mofo, e a conseq\u00fcente necessidade de utiliza\u00e7\u00e3o de aparelhos de ar condicionado, calefa\u00e7\u00e3o, umidifica\u00e7\u00e3o, desumidifica\u00e7\u00e3o, demonstra a total incapacidade da grande maioria dos arquitetos em projetar tendo conhecimento sobre as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas locais e sobre as t\u00e9cnicas e materiais construtivos dispon\u00edveis. Isso se agrava se considerarmos al\u00e9m do fracasso destas constru\u00e7\u00f5es como arquiteturas adequadas, tamb\u00e9m a forma como aumentam a demanda por energia el\u00e9trica num pa\u00eds onde esse bem tem se tornado cada vez mais escasso. A arquitetura m\u00e9dia das grandes cidades brasileiras hoje \u00e9, portanto, energ\u00edvora exatamente por sua impertin\u00eancia do ponto de vista clim\u00e1tico e ambiental.<\/p>\n

Na tentativa de se estabelecer uma resist\u00eancia a essa onda massificadora que inunda nossas cidades com toneladas de impertin\u00eancia edificada a cada ano, existem duas frentes principais que poderiam ser estabelecidas:
\n– A tentativa her\u00f3ica de estabelecer, pelas m\u00e3os dos arquitetos sens\u00edveis a essa quest\u00e3o, um n\u00famero maior de exemplos constru\u00eddos de edifica\u00e7\u00f5es exemplares nesse sentido. Obviamente, sua pertin\u00eancia n\u00e3o pode se restringir \u00e0 quest\u00e3o clim\u00e1tica, devendo ser considerada de forma ampla, a fornecer uma demonstra\u00e7\u00e3o ao mercado imobili\u00e1rio, grande modelador das nossas cidades, sobre as vantagens de construir edif\u00edcios mais adequados e que consumam menos energia.<\/p>\n

Um trabalho de base renovador junto ao ensino de projeto nos cursos de arquitetura, dotando as pr\u00f3ximas gera\u00e7\u00f5es de arquitetos de instrumenta\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria para considerar a adequa\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica desde o in\u00edcio do processo de elabora\u00e7\u00e3o das edifica\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

A primeira tarefa \u00e9 ingl\u00f3ria e escapa ao alcance da arquitetura, envolvendo quest\u00f5es complexas relacionadas ao mercado imobili\u00e1rio e suas demandas. J\u00e1 a segunda frente proposta \u00e9 um trabalho essencialmente de conscientiza\u00e7\u00e3o e aprendizado.\u00a0 Principalmente dos pr\u00f3prios professores e arquitetos que labutam na \u00e1rea do ensino de projeto, para poderem dotar os estudantes de informa\u00e7\u00f5es relacionadas \u00e0 rela\u00e7\u00e3o entre forma, sistemas construtivos e clima local, desde o in\u00edcio de seus projetos.<\/p>\n

O espraiamento de objetivos dentro dos cursos de arquitetura tem tornado o ensino de projeto difuso na maioria das escolas hoje.\u00a0 A falta de foco nos ateli\u00eas \u00e9 justificada pela possibilidade de abrir horizontes ao aluno e pela necessidade de formar nele uma capacidade cr\u00edtica diante das situa\u00e7\u00f5es pr\u00e1ticas, mas acaba por atrofiar a cria\u00e7\u00e3o de par\u00e2metros projetuais b\u00e1sicos, com os quais todos os alunos deveriam se graduar. Por isso, \u00e9 necess\u00e1rio fornecer aos futuros arquitetos embasamento m\u00ednimo para que possam, desde o come\u00e7o de sua atividade projetual, considerar o lugar e em especial o clima para onde est\u00e3o projetando, o que pode ser feito de forma objetiva atrav\u00e9s de dados clim\u00e1ticos e f\u00edsicos ou ainda pelo olhar consciente sobre a tradi\u00e7\u00e3o construtiva local que fornece sempre importantes informa\u00e7\u00f5es sobre a adapta\u00e7\u00e3o das constru\u00e7\u00f5es ao clima local. Al\u00e9m disso, o embasamento t\u00e9cnico e construtivo desde o come\u00e7o do aprendizado de projeto arquitet\u00f4nico desenvolve a necessidade de ancorar firmemente as decis\u00f5es tomadas ao longo do desenvolvimento de suas id\u00e9ias, o que deveria ser sempre encorajado. Assim, t\u00e9cnica e tecnologia construtiva dispon\u00edveis aliadas \u00e0 necessidade de adapta\u00e7\u00e3o ao clima fundamentam o ato de projetar, como aconteceu nos casos citados do MESP e da ABI. O estabelecimento de um objetivo claro como esse pode conduzir a um ensino de projeto mais focado na adequa\u00e7\u00e3o das propostas, menos sensacionalista. \u00c9 necess\u00e1rio conscientizar os estudantes quanto \u00e0 falta de prop\u00f3sito da importa\u00e7\u00e3o cega de conceitos arquitet\u00f4nicos extravagantes e a colagem acr\u00edtica de formas criadas para o clima e para a realidade econ\u00f4mica da Europa ou da Am\u00e9rica do Norte. O trabalho de base junto ao ensino de projeto pode recolocar a arquitetura brasileira no caminho da pertin\u00eancia, atrav\u00e9s de arquitetos capazes de conciliar a um s\u00f3 tempo o entendimento correto sobre nossa realidade econ\u00f4mica e clim\u00e1tica e a respeito das tecnologias construtivas dispon\u00edveis.<\/p>\n

Resta-nos continuar lutando em busca de uma maior pertin\u00eancia para as nossas cons-tru\u00e7\u00f5es, pois esse \u00e9 o \u00fanico caminho que tem aqueles que acreditam que \u00e9 poss\u00edvel criar em maior escala, uma arquitetura mais adequada a nossa realidade. Mais adequada do ponto de vista cultural, social, tecnol\u00f3gico e, \u00e9 claro do ponto de vista clim\u00e1tico. Ou fazemos isso ou ent\u00e3o passamos a considerar que os impertinentes somos n\u00f3s, em desacerto com o pensamento da grande maioria e, como o alienista do conto machadiano, deixamos os loucos em paz e nos trancafiamos num hosp\u00edcio com nossos del\u00edrios.<\/p>\n

notas<\/h3>\n

1.\u00a0 Cf. CURTIS, William J. R. Le Corbusier: Ideas and Forms. Londres: Phaidon, 1986, p. 116.
\n2.\u00a0 Nenhum outro arquiteto moderno brasileiro representa melhor essa s\u00edntese entre o passado e o futuro do que L\u00facio Costa. Seu conhecimento acerca de nossas tradi\u00e7\u00f5es construtivas, seu olhar atento sobre os sistemas construtivos mais avan\u00e7ados da \u00e9poca e a an\u00e1lise sobre o trabalho de arquitetos como Le Corbusier e Mies Van der Rohe lhe permitiu criar uma obra exemplar no sentido dessa concilia\u00e7\u00e3o paradoxal. Cf. WISNIK, Guilherme. Lucio Costa. S\u00e3o Paulo: Cosac & Naify, 2001.
\n3.\u00a0 Cf. GOODWIN, Philip. Brazil Builds – Architecture New and Old 1652-1942. Nova York: The Museum of Modern Art, 1943, p. 84.
\n4.\u00a0 Sobre isso, cf. PRADO, Andr\u00e9 Luiz. A Efici\u00eancia Ambiental nas Edifica\u00e7\u00f5es: Fundamentos e estrat\u00e9gias para a elabora\u00e7\u00e3o do projeto arquitet\u00f4nico a partir do uso racional de energia el\u00e9trica e \u00e1gua. Disserta\u00e7\u00e3o de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura, 2005, cap 2.1 . A g\u00eanese do brise-soleil: A adapta\u00e7\u00e3o da arquitetura Moderna ao Brasil.
\n5.\u00a0 Interessante cr\u00edtica feita \u00e0 dissemina\u00e7\u00e3o sem crit\u00e9rios dos elementos da arquitetura moderna por todo o pa\u00eds \u00e9 feita nos anos sessenta por Miran Barros Latif referindo-se \u00e0 impertin\u00eancia pl\u00e1stica e clim\u00e1tica desses elementos em determinadas situa\u00e7\u00f5es. Cf. LATIF (1966). APUD: XAVIER, Alberto. (org.). Depoimento de uma Gera\u00e7\u00e3o – Arquitetura Moderna Brasileira. S\u00e3o Paulo: Cosac & Naify, 2003.<\/p>\n

andr\u00e9 Luiz Prado (1974)<\/strong>
\nFormado em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 1998), Mestre em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 2005), Foi professor de projeto arquitet\u00f4nico na Escola de Arquitetura da UFMG (2001-2002) e no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unileste – Coronel Fabriciano\/MG (2005). \u00c9 professor de projeto arquitet\u00f4nico no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Uni-BH – Belo Horizonte, desde 2002. Participa de concursos nacionais e internacionais, tendo recebido premia\u00e7\u00f5es em diversos deles. Possui escrit\u00f3rio pr\u00f3prio desde 1996.<\/p>\n

contatos:<\/strong> andre@arquitetosassociados.arq.br | www.arquitetosassociados.arq.br<\/a><\/p>\n

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